Depressão X tristeza: uma batalha que há muito tempo vem sendo travada na sociedade. Ninguém consegue diferenciar esses dois sentimentos bastante parecidos. Eles podem ser bem semelhantes, mas existem grandes diferenças entre elas. Os médicos ainda se vêem diante de um grande desafio quando o assunto é diferenciar uma doença de um estado estacionário, mas que é passivo de qualquer forma.
Atualmente, estamos em uma era bastante depressiva, em que o ser humano já perdeu a esperança de viver e conviver também. Por isso, muitos confundem a tristeza com a depressão. Neste artigo, saiba como diferenciar essas duas coisas e perceba que nem tudo parecer ser como a gente pensa.
Entenda O Problema
Uma Época de Tristezas
Guerras, competições, miséria e dificuldade de convivência em sociedade: com certeza vivemos em uma época de muitas tristezas. Certos indivíduos são suscetíveis a tristeza e que estão realmente muito ligados a acontecimentos externos a ele. Por isso, a partir da grande tristeza que sofrem, acabam desenvolvendo uma depressão, que já é um fato interno ao ser humano. É a partir dai que a doença se mistura com o sentimento. Porém, os especialistas da área podem explicar melhor a diferença entre as duas de forma separada.
A Tristeza Passa
A tristeza é um sentimento que podem atingir qualquer individuo por diversos motivos externos a ele. Morte, decepções, ilusões e muitas outras coisas podem gerar a tristeza, mas que é apenas um estado de momento que pode durar algum tempo ou apenas um final de semana. É um estado bastante passivo e que não fica impregnado dentro do ser humano. Com o tempo, a tristeza tem cura e é apenas ele o melhor remédio para este sentimento que causa tanto agonia. Segundo especialistas: “A tristeza é um sentimento intrínseco ao ser humano. Todas as pessoas estão sujeitas a tristeza. É a ausência de satisfação pessoal quando o indivíduo se depara com sua fragilidade”.
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Limites
A partir da explicação de muitos psicólogos, a tristeza não chega as últimas consequências: “A tristeza não chega aos limites citados na situação depressiva. Pelo contrário, é uma ferramenta valiosa para avaliação das metas de vida. Na infância, o modo de encarar a tristeza será definitivo para estabelecer a personalidade adulta”.
Pequenos Problemas
A tristeza muitas vezes é gerada por pequenos problemas cotidianos e dai existe a tendencia de se auto depreciar e confundir o sentimento com a doença: “A tristeza é a recusa. A dificuldade em aceitar o “não” torna-se desmotivante e abala a auto-estima. Por outro lado, a rejeição e a incapacidade frente a alguns obstáculos leva a quadros mais sérios e profundos da tristeza”.
Causas e Tratamentos
Uma Doença
A depressão é dita como uma doença por muitos especialistas. Ela pode ser causada por diversos motivos e até mesmo ser desenvolvida a partir de um sentimento de tristeza considerado profundo. Existem tratamentos para a depressão, assim como existem formas de cura para o sentimento da tristeza. Porém, existe um grau de dificuldade bastante relevante no tratamento do depressivo, já que é uma enfermidade que parte do interior do ser humano. Ela pode atacar até mesmo sem causas aparentes, o que torna bastante complicado o seu diagnóstico muitas vezes. Baseado na explicação de psicólogos: “A depressão é a raiva e a vingança digerida na pessoa. Na prática, é uma tentativa de devolver para os outros, o que existe de pior em si”.
Os Riscos
A depressão é uma doença que pode trazer muitos riscos assim como qualquer outra. Primeiramente ela pode se manifestar de diversas formas. Cada ser humano tem a sua própria personalidade e por isso a depressão pode se manifestar de formas diferentes em cada um. Segundo os médicos, existem diversos sintomas que podem ser identificados como depressivos: “vamos considerar que, entre as pessoas, a depressão seria como uma bebedeira geral, onde cada pessoa alcoolizada ficasse de um jeito: uns alegres, outros tristes, irritados, engraçados, dorminhocos, libertinos. A única coisa que todos teriam em comum é o fato de estarem sob efeito do álcool, todos estariam tontos, com os reflexos diminuídos, etc. Na depressão também. Cada personalidade se manifestará de uma maneira”. Os especialistas ainda explicam o porque do diagnóstico ser tão complexo: “Na verdade, ninguém sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso. Nem o psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não faz com que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente”.
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Leve, Média ou Grave
A depressão pode ser diagnosticada de diversas formas: leve, média ou grave. A grave pode levar o paciente as ultimas consequências: “A depressão encontra-se classificada no Grupo das Doenças Afetivas, ou seja, aquelas que tem uma evolução cíclica, em que se alternam períodos depressivos com fases de absoluta sanidade. Ao contrário do que se possa pensar, essa não é uma doença moderna. Hipócrates, considerado o pai da Medicina, descreveu seis doenças mentais, dentre elas a depressão, há aproximadamente 400 AC” explicam os especialistas.
“Os sintomas podem se manifestar de uma forma branda, e é comum o paciente procurar um clínico-geral, acreditando estar com falta de vitaminas ou alguma doença mais grave. Outros, simplesmente acreditam ser apenas mais uma “fase ruim” e não procuram ajuda, agravando ainda mais o problema. Indivíduos apresentando quadros leves, raramente procuram tratamento” concluem.
Tratamentos
Existem diversos tratamentos, tanto para a tristeza quanto para a depressão e esta última precisa de maiores cuidados. Segundo os profissionais: “Existem dois tipos de tratamento para a depressão e para a tristeza. O primeiro se baseia na prescrição de remédios antidepressivos. Esses atuam na bioquímica cerebral de formas variadas e com diferentes, mas eficazes, efeitos. A outra forma de tratamento consiste na psicoterapia, que pode ser exercida de formas muito diversas e cujo resultado depende da competência do terapeuta e de um relacionamento eficaz entre esse e seu cliente. A tristeza deve ser mais fácil e mais rápida de ser curada, mas nem sempre os fatos ocorrem como se espera”.
Escrito por Jéssica Monteiro da Silva
