Todos nós sambemos o quanto vale uma família, o quanto vale cada minuto que passamos com ela e como é importante para o nosso desenvolvimento psíquico, uma convivência familiar harmônica, organizada, estruturada e, acima de tudo, uma convivência feliz. Família são os nossos laços mais íntimos e ao mesmo tempo, mais complicados, pois algumas relações são conturbadas e isso pode interferir drasticamente na formação e desenvolvimento dos filhos.
Existem conflitos familiares muito agressivos, o que desestrutura totalmente os seus membros. Mas num modo geral, todos nós precisamos dessa convivência até mesmo para fortalecer a nossa personalidade, formar o nosso caráter e nos estabelecer como pessoas, pois a referência que temos em vida é a nossa família. Com a família ao nosso lado, sentimos que somos capazes de fazer muito mais do que se estivéssemos sozinhos – e isso não é só impressão, pois é da família que buscamos força e resignação. Várias pesquisas estão aí para comprovar a força que a companhia dos familiares têm sobre tudo o que fazemos.
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§ Interação Pais e Filhos Aumenta o Desempenho Escolar e Melhora o Raciocínio Lógico
Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association, feito com 675 crianças, comprova que brincadeiras entre pai e filho ajudam no desenvolvimento da criança e influenciam o rendimento escolar. Os pesquisadores afirmam que fazer jogos de leitura e brincadeiras educativas com os filhos melhora o raciocínio lógico das crianças, fazendo com que o rendimento escolar também aumente.
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§ Família: o Remédio mais Eficaz na Recuperação de um Paciente
Uma pesquisa publicada na Journal of the American Heart Association afirma que pacientes vítimas de um AVC recuperam as habilidades perdidas ou prejudicadas com mais facilidade se recebem ajuda dos membros da família.
Os pacientes com AVC foram ajudados por membros da família a fazer exercícios para melhorar a função das pernas durante 35 minutos diariamente, sete dias por semana. Ao final de três meses, os pesquisadores avaliaram o resultado decorrente do tratamento e descobriram que o tempo em hospitais do grupo de exercício com família era em média de 35 dias, enquanto o grupo que fazia exercícios apenas com acompanhamento médico ficava 40 dias ou mais internado.
Além disso, um teste de caminhada de seis minutos foi feito com os dois grupos o grupo de controle andou 154 pés depois de receber a terapia, quanto o grupo acompanhado pela família andou 538 pés mais longe.
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§ Vamos Todos parar de Fumar
Uma pesquisa publicada no New England Journal of Medicine comprovou que, quando uma pessoa decide parar de fumar, acaba influenciando os amigos e a família a fazer o mesmo. Durante 32 anos, os cientistas acompanharam mais de 12 mil pessoas e constataram que o abandono do vício em grupos é prática recorrente. Entre casais, a estratégia alcança sucesso: em 67% dos casos, o companheiro parou de fumar. Nos outros casos, temos 43% dos amigos próximos ao fumante que também parou; 34% no caso de colegas de trabalho e 25% quando o tabagismo afeta irmãos.
De acordo com os pesquisadores, quando uma pessoa larga o vício ela serve de inspiração, por isso quanto maior o vínculo afetivo e a convivência, maiores as chances desta decisão ser contagiante.
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§ Pais Saudáveis, Logo, Filhos Também Saudáveis
Um estudo feito pela Universidade Harokopio, na Grécia, avaliou mais de mil crianças e comprovou que aquelas que comiam à mesa com os pais eram mais saudáveis do que as crianças que não tinham esse hábito. Os pesquisadores destacaram que as famílias que fazem as refeições unidas têm o hábito de cozinhar mais em vez de comer lanches, deixando a dieta mais rica.
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Outra pesquisa, feita pela University College London, no Reino Unido, analisou a família e o comportamento de mais de sete mil crianças e adolescentes e concluiu que crianças com pais mais magros têm três vezes mais chances de serem magras do que aquelas com pais acima do peso. Essa relação se dá primeiro pela genética, e em segundo lugar pelos hábitos alimentares, que podem ser passados “de pais para filhos” – ou seja, família unida pode emagrecer unida.
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§ Atividade Física x Companhia Família
Só de pensar em sair sozinho para fazer uma atividade física já dá aquela preguiça. Porém, o cenário muda quando você pensa que pode praticar exercícios acompanhado. Estudo feitos pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) afirmam que a influencia da família é fundamental para o incentivo à prática de atividade física.
Além disso, a personal trainer Camila Lopes Souza conta que os estímulos gerados pela parceria são diversos, como a possibilidade de conversar; a chance de praticar esportes coletivos ou danças em par com pessoas conhecidas; perder a vergonha entre desconhecidos na academia; e diversos outros benefícios. “Comprometendo-se com a família, também se cria um incentivo mútuo para manter a frequência de atividade física”, conta a personal.
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§ Superação de Momentos Difíceis
Um estudo realizado pela Universidade de Vanderbilt, em Nashville, nos Estados Unidos, revela que distúrbios emocionais como a depressão são, em sua maioria, reflexos de valores transmitidos dos pais para os filhos ao longo da vida.
Durante um ano, 100 crianças e adolescentes, com faixa etária entre cinco e 15 anos, foram observados por psicólogos. Ao final do estudo, os pesquisadores notaram que filhos de pais deprimidos têm maior dificuldade de se expressar, e a indiferença dos adultos deprimidos gera neles uma sensação de abandono emocional que faz com que as crianças tenham medo de se aproximar afetivamente dos pais.
O mesmo estudo comprovou que a reação contrária também é verdadeira: pais presentes que se comunicam e passam valores positivos tendem a deixar os filhos igualmente positivos, diminuindo as chances de doenças como depressão.
Essas são algumas das vantagens que temos quando convivemos em família. Este é um direito constitucional e não pode ser negado a ninguém, muito menos aos menores de idade. A família, base da sociedade, é protegida pelo Estado, que cria mecanismos assegurados pela Constituição Federal de 1988 como meio de garantir o direito à convivência familiar e comunitária dos menores de idade. Nesse aspecto, são analisadas questões como a medida de colocação em família substituta quando da ausência da família natural, além das implicações do poder familiar no cuidado, na criação e na educação das crianças e adolescentes, nos casos de sua perda ou suspensão.