A depressão atualmente já é considerada um dos grandes males que afetam a humanidade. Neste artigo veremos como sair da depressão sem tomar remédios, mas de uma maneira inteligente e conseguindo ter uma boa qualidade de vida.
Considerações Iniciais
Pesquisas recentes sugerem que somente no Reino Unido vinte por cento de sua população sofre de depressão. Imagine qual seria o percentual no mundo inteiro! A boa noticia é que o livro sugere que em alguns casos mais leves desse distúrbio, um estilo de vida saudável pode banir os principais sintomas.
Como Sair da Depressão: Um Programa de Seis Etapas para Vencer a Depressão Sem Drogas
De acordo com especialistas na área de saúde mental a conexão social que o indivíduo possui é importante para sua saúde mental. Para sair da depressão é necessário saber que o cérebro humano interpreta erroneamente a dor da depressão como uma infecção.
Pensando que o isolamento é necessário, envia mensagens para o individuo depressivo para se isolar de tudo e de todos. Isso pode ser desastroso, porque o que as pessoas deprimidas realmente precisam é o contrário: o contato com outros seres humanos.
É por isso que as conexões sociais constituem estilo de vida como parte da “cura” da depressão. Outros aspectos importantes que fazem parte deum programa de pesquisa que trata da depressão são: fazer uma atividade significativa, que a pessoa realmente goste de fazer (para evitar se fixar em pensamentos negativos), praticar exercícios físicos com frequência, tentar manter uma dieta rica em ômega-3 os ácidos graxos, ter o hábito de se expor diariamente à luz solar, ter uma boa qualidade de vida tentar dormir um sono restaurador.
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Esse programa composto desses cinco aspectos tem como principal objetivo evitar ao máximo que o paciente com depressão faça uso constante de medicamentos antidepressivos. De acordo com alguns estudiosos, as drogas simplesmente não funcionam, ou seja, os remédios têm apenas cerca de uma taxa de sucesso de cinquenta por cento.
Além disso, as pessoas que não melhoram com as drogas, podem ter a experiência de uma recaída do quadro depressivo. Essa ocorrência diminui a taxa de recuperação em apenas vinte por cento. Para piorar ainda mais a situação, os efeitos colaterais das medicações antidepressivas incluem muitas vezes distúrbios emocionais, disfunção sexual apatia e ganho de peso.
Um psicólogo clínico e sua equipe de pesquisa no seu local de trabalho, a Universidade de Kansas, tentaram comprovar a afirmação supracitada a tentando testar um sistema que eles convencionar denominar de conhecido como Mudança no estilo de vida, fazendo com que as pessoas que sofressem de depressão participassem de ensaios clínicos.
Os resultados preliminares mostraram, segundo o psicólogo, que cada paciente que colocou o programa completo, ou seja, os cinco aspectos citados, em prática ficou ainda melhor em comparação aos que não seguiram esses conselhos para mudança de comportamento diário.
Esse pesquisador está convencido de que a disponibilidade da profissão médica para prescrever medicamentos antidepressivos está obscurecendo um debate importante. Até vinte por cento da população somente no Reino Unido já tem ou terão depressão clínica em algum momento de suas vidas. Isso equivale ao dobro de trinta anos atrás. Isso poderia ser considerado como uma epidemia de depressão?
A resposta, segundo ele, está no estilo de vida que as pessoas nesse mundo moderno costumam adotar. O nível de vida dos indivíduos é sem duvida alguma melhor agora do que antes, mas o progresso tecnológico também tem um lado problemático para as pessoas.
Os seres humanos não foram projetados para viverem mal nutridos, sedentários, privados de sono, sem sair de casa, socialmente isolados, e com um ritmo frenético da vida. Então a depressão continua afetando as pessoas pelo próprio comportamento que elas possuem que levam a uma predisposição do aparecimento de um quadro depressivo.
O meio ambiente pode ter evoluído muito rapidamente, mas a evolução física e mental dos seres humanos parece não ter acompanhado essa evolução. O genoma humano não avançou desde 12.000 anos atrás, quando todos no planeta ainda eram caçadores e coletores.
Biologicamente, parece ainda que corpos humanos ainda estão na Idade da Pedra. E quando o corpo da Idade da Pedra se reúne em um ambiente moderno, as consequências para a saúde podem ser desastrosos para os indivíduos.
Alguns aspectos de um estilo de vida primitivo nos seres humanos poderiam ser enfocados, pois funcionariam como militantes contra a depressão. Por exemplo, os caçadores e coletores das tribos primitivas existem ainda hoje em algumas partes do mundo, e seu nível de depressão é quase nenhum. Quais seriam as razões? Eles estão ocupados demais para se sentar em torno de uma poltrona e ficarem pensando em problemas ou tristezas de suas vidas.
Eles fazem muita atividade física para caçar e se expõem com frequência à luz solar. Sua dieta é rica em ômega-3, o seu nível de conexão social é extraordinário, e eles regularmente têm até dez horas de sono, quando precisamos somente de oito para nos sentir restabelecidos.
Então, qual seria a solução proposta pelo pesquisador: todos nós deveríamos queimar nossas roupas, dar nossos dinheiros e partir para a floresta? Claro que o psicólogo não propõe isso, pois seria como uma viagem de acampamento ao longo da vida, e com certeza as pessoas ficariam inda mais estressadas e deprimidas.
Em vez disso, é possível adaptar nosso estilo de vida moderno para combinar com nosso genoma pela tecnologia de última geração, tais como suplementos de óleo de peixe para aumentar a nossa ingestão de ômega-3. Isso tudo parece muito bom.
Mas não se pode deixar de sentir que o programa das etapas parece de senso comum, ou seja, todos devem segui-lo independentes de sofrerem ou não de depressão. Não é óbvio que precisamos dormir por mais tempo e ter um sono tranquilo, ou praticar exercícios físicos com regularidade é bom para a saúde de todos, e a conectividade social não é de extrema importância para os seres humanos?
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O problema, segundo o pesquisador são os pequenos detalhes, ou seja, as pessoas precisam saber o quanto a luz solar é benéfica em suas vidas, e em que período do dia a exposição é mais aconselhável. Tomar suplementos, por exemplo, é um negócio complexo e deve ter um acompanhamento de um profissional da área de saúde.
Existem substâncias antioxidantes que asseguram que o óleo de peixe é eficaz, bem como a ingestão de um complexo vitamínico. Sem alguém para explicar e dar essas orientações, a maioria das pessoas nunca faria isso. O próprio psicólogo que atesta essa tese faz as práticas do programa que ele mesmo acredita. Ele nunca foi pressionado pata tal, mas a prática do programa dos aspectos para mudança do estilo de vida aumenta seu senso de bem-estar e reduz sua falta de concentração (Sinal clínico muito comum na depressão).
Tudo faz sentido, mas por que as pessoas devem tentar esse programa quando elas não sofrerem de depressão? Para que elas consigam manter uma boa qualidade de vida prevenindo desse modo o aparecimento de episódios depressivos.
Salete Dias