Com o passar dos anos os relacionamentos foram passando por diversas transformações. Antigamente as pessoas imaginavam que o casamento tinha que ser para a vida toda e muitas vezes casais que não possuíam vida matrimonial ativa continuavam casados para manter as aparências e preservar os filhos.
Infelizmente, muitas vezes o amor entre os casais não é eterno como os poetas tanto escreviam e decantavam e, devido a essas situações de brigas e convivência ruim, acabam tornando a relação angustiante e difícil o que faz com que o término da relação muitas vezes se torna a solução mais viável para ambas as partes.
Hoje em dia é muito comum encontrarmos pessoas divorciadas que procuram refazer suas vidas no âmbito emocional, no entanto, quando o casal tem filhos, a separação pode ser muito mais difícil, pois além de todos os problemas e dores de estar passando por um processo de divórcio e fim de casamento, o casal precisará lidar com os sentimentos, e principalmente evitar o sofrimento dos filhos que estão vendo os seus pais se separarem.
Os Problemas Surgidos no Âmbito Familiar
A família passou por um processo de transformação nos últimos tempos. Atualmente é possível encontrarmos várias formas e composições de famílias, tudo isso devido às novas tendências de relacionamentos. Todas essas situações que são diferentes do comum acabam trazendo problemas emocionais, dúvidas, angústias de como vivenciar essas questões de maneira saudável para todos.
Com o advento do divórcio na sociedade, os relacionamentos e as próprias composições de família se diversificaram e acabaram surgindo novas situações a serem vividas. No entanto, independente da situação vivida, as partes precisam procurar viver em harmonia pois, bem ou mal, quando se existem filhos em um relacionamento, os laços ficarão para sempre.
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Com a nova tendência dos relacionamentos, principalmente com o surgimento do divórcio no âmbito das famílias, passaram a surgir alguns problemas que destroem a união e o relacionamento entre o pai, a mãe e os filhos, como por exemplo:
- Afastamento dos filhos para com os pais que vivem em outra residência;
- As relações com parentes ficam confusas;
- O envolvimento das crianças nas brigas e nos relacionamentos dos adultos;
- Criação de identidades confusas com familiares;
- Dificuldade de criar o sentimento de pertença;
- Outros problemas;
A União da Família Após o Divórcio
É importante que o casal saiba como manter a família unida, sem causar maiores sofrimentos e traumas aos filhos, mesmo após o final do casamento. O divórcio é uma fase a ser vivida pelos antigos cônjuges e não o inicio de uma guerra. O fato do casal se divorciar não significa que eles precisam ficar em pé de guerra, as brigas e discussões após o fim da união matrimonial só fazem desgastar os antigos cônjuges e principalmente os filhos.
Por isso, é importante que os antigos cônjuges lutem para que a família permaneça unida, mesmo que eles tenham se divorciado. E isso exige dos mesmos, muita paciência e maturidade para conseguir passar por cima das dificuldades que vão aparecer.
Com o divorcio, a rotina familiar será alterada, e normalmente os filhos passam a viver com as suas mães, passando a existir a ausência da figura do pai todos os dias em casa. No entanto, isso não é motivo para grandes preocupações ou problemas, e existem condições de viver esta ausência sem traumas e dramas para os filhos.
Dicas Para Manter a Família Unida Após o Divórcio
É importante que o casal tenha a consciência da importância tanto de um quanto do outro na vida dos filhos, e isso precisa ser preservado e respeitado, para que as crianças sofram o menos possível quando vivem um processo de divórcio dos seus pais.
Segue abaixo algumas dicas que irão ajudar a manter a família unida, mesmo após o fim do casamento:
a) Controle a sua raiva – essa é uma das situações mais complicadas, pois na grande maioria dos divórcios, os antigos cônjuges se separam com brigas e discussões, e acabam alimentando raiva, rancor e outros sentimentos negativos. Para que exista uma convivência saudável dos cônjuges com os filhos, e principalmente por eles, é necessário que o antigo casal busque controlar os seus sentimentos com relação ao seu antigo parceiro para que as crianças não sejam prejudicadas;
b) Procure ser sincero e aberto com seus filhos sobre o divorcio – é importante que o antigo casal seja sincero com os filhos e fale com ele sobre o fim do casamento. É importante também que seja explicado que a rotina da família mudará, inclusive o padrão financeiro poderá ser modificado e até mesmo diminuído com a situação. No entanto, deixe claro que as crianças sempre poderão contar com os dois sempre, o pai e a mãe, mesmo que eles não estejam vivendo mais juntos;
c) Procure evitar brigas na frente dos seus filhos – as brigas são momentos bastante desagradáveis e muitas vezes não podem ser evitadas, contudo evite brigas na frente dos filhos, pois eles não tem culpa da situação que vocês estão vivendo – o divórcio;
d) Não exclua o antigo cônjuge da vida dos filhos – o pai e a mãe não devem ser excluídos das vidas dos filhos. Incentive que os filhos mantenham o contato com o pai ou mãe: permita que estejam em contato ao telefone, possam sair juntos e etc., a convivência é extremamente saudável para as crianças;
e) Acostume-se e aceite a presença do antigo cônjuge – é difícil para o antigo casal ter que conviver com o antigo parceiro por perto, ainda mais quando o divórcio não aconteceu de maneira amigável, mas pelo bem estar de seus filhos é necessário que você engula esse sapo e aceite a presença do antigo parceiro. E é importante que sejam evitadas discussões sobre as questões dos seus filhos (educação, plano de saúde, pensão alimentícia e outros pontos) na frente deles, procurem resolver estas questões entre si, sem a necessidade deles estarem presentes no momento da negociação;
f) Procure deixar tudo determinado judicialmente – é importante que todos os pontos (visitas, pensão alimentícia e etc.) sejam determinados de maneira judicial, mesmo que o divórcio tenha sido amigável. Essa precaução é uma forma de organizar a vida de todas as partes e se resguardar de possíveis problemas que possam vir a surgir no futuro. Por isso não deixe nada combinado somente de boca;
g) Seja Flexível – é necessário que você tenha flexibilidade com seu antigo parceiro, principalmente com o decorrer do tempo, pois vocês poderão se relacionar com outras pessoas e vir a constituir uma nova família, e ambos precisarão aceitar a convivência dos novos parceiros de seus antigos cônjuges com seus filhos, sem o medo de que ocorra a ocupação dos espaços da figura de pai e mãe por parte do novo parceiro de seu antigo cônjuge;
Não é porque você se divorciou que deve criar duas famílias distintas. Lembre-se que um dia você amou o seu cônjuge e vocês constituíram por um certo tempo uma família. Mesmo com o fim do casamento, que a amizade permaneça.