Divórcio Amigável

O divórcio é o fim de um casamento e colocar um ponto final em um relacionamento não é algo fácil. Entretanto, não é porque um casal está se divorciando que precisa fazer isso em meio a um clima de brigas e desentendimentos. Isso não faz bem para ninguém e é ainda pior no caso de casais com filhos.

No artigo de hoje vamos falar sobre os benefícios de um divórcio amigável.

Por Que Se Separar?

Há alguns anos, as pessoas tinham a ideia de que casamento deveria ser para sempre, independente se o casal estava feliz ou não. Os responsáveis por este pensamento eram a religião e o fato de as mulheres serem dependentes dos homens e não terem um emprego.

Hoje em dia, muitos ainda se mantêm em casamentos infelizes por causa dessas mesmas ideias. Mas é grande o número de pessoas que sabe que pode colocar um ponto final na relação e recomeçar sua vida. Afinal, as mulheres deixaram de ser dependentes e podem perfeitamente se manter com seu próprio salário.

Não há razão para manter um relacionamento que não está indo bem. A velha desculpa de manter o casamento por causa dos filhos não se aplica mais. Na verdade, ela nunca foi uma boa opção para se manter na relação. Por mais que seja difícil para os filhos ver os pais se separando, muito pior é ver os dois infelizes, ou, pior, brigando e tornando o clima da casa cada vez pior.

Benefícios do Divórcio Amigável

O divórcio amigável acontece quando os dois entram em um consenso de que é melhor que cada um vá viver a sua vida, e, quem sabe, encontrar um novo amor. Quando há uma traição, por exemplo, fica mais difícil conseguir se entender, já que há muita mágoa envolvida. Mas, se a parte que foi traída tiver a grandeza de perdoar, melhor será para ela, que sofrerá menos.

Um dos grandes problemas em um divórcio em que o casal não consegue se entender é a falta de comunicação. Muitos não conseguem nem ao menos ficar no mesmo ambiente e toda a comunicação precisa ser feita por meio de advogados, o que dificulta bastante as coisas. Por melhores que sejam os profissionais, eles não conhecem a fundo a vida do casal e será muito mais difícil fazer a divisão de bens e da guarda dos filhos, por exemplo.

Quando o casal se dispõe a conversar de forma amigável, fica tudo mais fácil de ser resolvido. Mas é importante que ambos estejam abertos ao diálogo para que um encontro que deveria ser realizado em paz não termine em discussão.

Divórcio Amigável é Melhor Para os Filhos

Para casais com filhos o processo de divórcio costuma ser um pouco mais complicado, já que a grande preocupação dos pais é o bem estar deles. Não podemos romantizar a situação e dizer que um divórcio amigável será incrível e que todos ficarão felizes imediatamente.

Um divórcio é sempre uma fase muito difícil tanto para o casal quanto para os filhos. Até mesmo familiares e amigos próximos sofrem com o rompimento. Entretanto, quando tudo é feito de maneira amigável, este sofrimento se torna bem menor.

Tente se colocar no lugar do seu filho. Ele nasceu e cresceu em uma casa, sob a proteção do pai e da mãe, e, de repente, vê este lar, que ele sempre considerou seu porto seguro, acabar. É importante que os pais se mantenham perto dele, mostrando que sempre serão seu porto seguro, mas com a diferença de que não viverão mais na mesma casa.

Por mais que você tenha alguma mágoa do (a) seu (sua) ex, tente se esforçar para que este clima negativo não atinja os filhos. Converse muito com eles, dê muito carinho e atenção e, dessa forma, todos passarão por essa fase da melhor maneira possível e sem traumas.

Melhores Amigos?

Mais uma vez, devemos ser sempre realistas e ter em mente de que se trata de um relacionamento chegando ao fim e é impossível que isso aconteça de forma completamente calma, como se o outro estivesse saindo pela porta apenas para ir até a padaria.

Por mais que o casal não sinta mais amor ou desejo um pelo outro, sempre fica aquele carinho por tudo o que viveram e construíram juntos, e isso faz com que uma separação se torne dolorosa, independente se for amigável ou não.

Por isso, não se sinta culpado (a) se não conseguir ser o melhor amigo do (a) seu (suas) ex. Pode ser que, no futuro, vocês realmente se entendam e se tornem amigos, mas logo após a separação é bem difícil que isso aconteça e é completamente normal.

Quando falamos de divórcio amigável nos referimos a um acordo, sem brigas e discussões. Duas pessoas que viveram juntas e decidiram se separar, mas com respeito  um pelo outro.

O Divórcio Amigável e a Guarda dos Filhos

A guarda dos filhos geralmente fica com a mãe, mas há casos em que o pai não abre mão da convivência diária e não quer apenas vê-los aos finais de semana. É muito importante que os pais resolvam essa questão da melhor maneira possível, para que a criança não se sinta responsável pela briga dos pais.

Uma disputa judicial é algo desgastante para todos, principalmente para os filhos. Por isso, quanto mais amigável for, melhor será.

O Divórcio Amigável e as Questões Financeiras

A divisão de bens é algo que promove muitas brigas em um divórcio. Em primeiro lugar, é levado em consideração o regime de comunhão de bens escolhido, que geralmente é o de comunhão parcial de bens, ou seja, tudo o que os dois adquiriram após o casamento deverá ser dividido.

É importante que, nesse momento, o casal não se esqueça de tudo o que viveu e que um trate o outro com respeito. Claro que ninguém quer sair prejudicado financeiramente, mas manter um diálogo respeitoso será muito melhor e mais positivo para as negociações do que um ambiente de discussão e brigas. Dessa forma, os bens serão divididos de uma maneira muito mais justa.

Divórcio amigável, também conhecido como separação consensual, é o processo judicial em que o casal reconhece o fim do casamento através de um acordo. A diferença entre separação consensual extrajudicial e separação consensual judicial, é que a consensual judicial só pode ser realizada através de uma ação judicial, enquanto a extrajudicial pode ser realizada através de escritura pública como Cartório de Notas, sem a necessidade de um processo, sem a intervenção de um Juiz.

Para que o casal possa realizar a separação consensual judicial é necessário que os dois concordem com a separação, que tenham ou não filhos, que tenham se casado há mais de um ano, e a presença de um advogado. Não é necessário que cada um tenha o seu advogado, pode ser um único advogado para realizar o processo.

No processo deve ocorrer a divisão dos bens adquiridos durante o casamento, o pagamento de alimentos se necessários, a guarda dos filhos menores, o direito de visita aos filhos, a pensão alimentícia a ser paga, e a alteração do sobrenome ganho após o casamento.

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