Adotar é uma atitude nobre escolhida por muitos pais que não podem ou não querem ter filhos. Muitas crianças são abandonadas na porta de um orfanato e ficam esperançosas aguardando o grande momento em que irão ganhar um lar. Quando chega este dia tão especial, as crianças, sejam de que idade forem, ficam um pouco confusas com a vida nova e é preciso saber educa-los. Neste artigo, saiba como realizar esta etapa tão delicada da adoção e que pode ter as suas consequências para o futuro de qualquer criança que esteja passando por este processo.
A Hora da Bronca
Para quem tem filhos biológico e deseja adotar um, é preciso tomar cuidado com a educação de todas as crianças, evitando comparações entre as mesmas ou diferindo na forma de educar um ou outro.
Muitos pais adotivos acham que os filhos, por terem sido adotados, sofreram mais do que os biológico e por isso, não merecem ser repreendidos. A melhor forma de educar e inserir um filho não biológico na família sem traumas ou consequências ruins, é tratando a criança da mesma forma do que qualquer outro filho, seja ele de sangue ou não. Portanto, se o seu filho adotivo merece uma bronca, não exite em da-la, até mesmo para que a criança já se sinta em casa.
Os Mesmos Dilemas
Não adianta fugir e nem mentir para si mesmo: um filho adotivo não se diferencia em nada de um biológico, a não ser a questão do DNA ser diferente. Porém, em termos de educação, são os mesmos dilemas de sempre. Não é porque o seu filho foi adotado que ele dará mais trabalho do que aquele que foi gerado. Uma coisa nunca pode ser comparada com a outra em hipótese alguma.
Um cuidado que se tem que ter com a educação dos filhos adotivos é a inserção do mesmo no ambiente de família. Este precisa ser o primeiro passo para que a criança não se sinta um verdadeiro estranho no ninho, até porque ele também é um filho seu.
Trate-o como comum e apresente-o parta a família toda para que ele possa ir se familiarizando. Se a criança é nova demais, esta etapa também é favorável já que a família também precisa se acostumar com a ideia que os laços de sangue podem não ser mais tão importantes assim, neste caso.
Segunda Etapa
Depois que o seu filho adotivo já estiver bem íntimo da família, o segundo passo é o mais fácil: educar a criança como um filho qualquer, sem levar em conta o simples fato dele ser adotado. Explique os primeiro passos que qualquer educador identificaria: porque o papai e a mamãe não moram na mesma casa, ou porque os adultos se beijam na boca. São perguntas que qualquer criança nova faria no auge do seu desenvolvimento.
Como Educar os Filhos Adotivos
As vezes, o filho adotivo é um pouco mais velho, e está realmente entrando na adolescência. Como qualquer outro filho adolescente, ele vai ficar intrigado com muitos assuntos do dia a dia e você vai ter que ter preparo para isso. Não tem mistério: Se a sua filha adotivo está prestas a virar uma mocinha, explique tudo sobre o assunto, leve-a a um especialista e procure sempre ter paciência para as perguntas que deverão te bombardear.
Se o seu filho adotivo está entrando na puberdade e sente sensações estranha ao ver uma menininha bonitinha passando na rua, haja como um verdeiro pai e trate-o como se ele tivesse sido gerado através do seu sangue. Explique que todos esses sentimentos fazem parte do desenvolvimento humano e que ele está entrando na melhor fase da sua vida.
Impondo Limites
Educando
Esta é a terceira etapa do processo de educação do seu filho adotivo, que como qualquer outro, vai precisar de certos limites para entender melhor a vida que o espera. Por isso, se o seu filho fez algo de errado, não precisa usar da violência, explique que ele vai ter que respeitar o próximo e sempre buscar fazer o certo.
Se você quer respeito, procure tratar o seu filho da mesma maneira. Explique porque as coisas estão erradas e qual é o certo a se fazer, mas sempre respeitando o jeito e a personalidade do seu filho, até porque ela já está estabelecida quando se adota uma criança mais velha.
Conhecendo o seu Filho
Muitas crianças são adotadas com 8 ou 9 e até uns 14 anos. Nessa fase, as crianças já estão criando suas próprias personalidades e vivendo nos orfanatos, podem ter desenvolvido maneiras diferentes de agir perante uma situação qualquer. Por isso, é preciso sempre conhecer o seu filho primeiro antes de cumprir qualquer etapa de educação familiar, a não ser que a criança adotava seja apenas um bebê.
Procure descobrir quais os gostos do seu filho. Pergunte também sobre o cotidiano que a criança tinha no orfanato, mesmo que a coordenadora da adoção tenha te explicado. Quando você conversa diretamente com o seu filho, ele vai se sentir mais a vontade para diálogos futuros. Comece com assuntos básicos e faça perguntas do tipo: “o que você gosta de comer? O que curte fazer nas horas vagas? Qual a sua cor e o seu filme favorito?”
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Depois de todas as perguntas terem sido respondidas, é hora de colocar tudo isso em prática. Leve o seu filho para fazer tudo aquilo que ele gosta, sempre na companhia dos pais e talvez da família toda. Procure intercalar momentos com todos os membros da família e aqueles em que somente os pais podem entender um filho.
O dia em Que o Filho Descobre que é Adotado
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Momentos em famílias são muito bons, mas sempre chegam as horas críticas. O momento de contar que um filho é adotado é sempre um drama. Por isso, é preciso se preparara para este momento, sempre conversando com a criança de forma paciente. Não deixe em hipótese alguma que o seu filho descubra por si só. Nada melhor para o futuro de uma criança do que descobrir pelos próprios pais que ele também é amado da mesma forma que qualquer outro filho.
Escrito por Jéssica Monteiro da Silva
