Relacionamentos Abertos: Como Eles Funcionam?

Antigamente, a fidelidade ao marido era algo primordial na sociedade e para que um bom casamento se concretizasse. Porém, os homens poderiam trair facilmente as suas mulheres e não havia nada que elas pudessem fazer para evitar isso, senão ficar em casa cuidando dos afazeres domésticos.

No mundo moderno, ser fiel e leal ao companheiro é algo difícil de se exigir, já que a mente humana já não funciona mais à moda antiga, ainda que antes a fidelidade já não tivesse muito valor. Por isso, os relacionamentos abertos foram tomando espaço e atualmente, existe diversos casais que topam este tipo de conduta, tanto por parte do homem quanto da mulher. Descubra como isso funciona aqui neste artigo!

Combinado Entre As Partes

O Dr. Alexandre Bez, totalemnte especialista em comportamento humano, formado pela Universidade da Califórnia (UCLA) e pela Universidade de Miami diz que a parteem que o casal combina este tipo de relacionamento é muito importante, até porque ambos devem ter respeito um pelo outro, mesmo que o tipo de amor seja diferente do que para os mais tradicionais. Para que o romance siga em frente, é preciso ter muita consciência e certeza de que é isso que ambas aspartes querem: “Quando falamos sobre a condição de namorados, pode-se dizer que há um aparelho psicossexual funcionando. O conceito nesse caso é o ‘poliamor’. Antes de os dois entrarem nesse relacionamento, é preciso que eles passem por um pré-estágio combinatório, que vai determinar o que cada um vai querer, um pré-esquema estabilizado em que as necessidades de ambas as partes batam bem direitinho. Só assim, mediante uma pré-combinação, o relacionamento aberto pode dar certo. O segredo é a outra parte sempre saber o que o outro está fazendo, sem segredos ou mentiras. Isso também pode ser possível entre três pessoas (tríade) ou até mesmo entre quatro. É importante ressaltar que não se trata de swingou qualquer atitude do gênero, pois não existe a troca entre casais. São relações que são necessárias para o firmamento desses indivíduos que escolheram viver essa situação”, explica o doutor.

Instinto e Liberdade

A liberdade foi algo muito cobiçado a décadas atrás e até hoje existem pessoas que não abrem mão dela. Por isso, muitos casais são movidos pela vontade de possuir outros parceiros sem ter que ficar preso a um único affair: ” “Há outros casos, em que as pessoas não querem, por algum motivo, manter o mesmo relacionamento com o mesmo parceiro. Se baseados em relacionamentos convencionais, eles não aceitam. Tem-se que estar aberto a novos paradigmas e sempre em conjunto com o companheiro. Dessa forma, previne-se a traição, a cobrança e tudo mais que possa desvirtuar o bom ambiente entre casal” afirma Alexandre.

Para concluir, o doutor explica: “É uma modalidade relacional muito nova. Não há como classificar exatamente cada um dos casos de maneira tão genérica. A situação varia de caso para caso. Na poligamia, por exemplo, não há cobranças, mas sim a satisfação do indivíduo. Aí fica a critério da outra parte decidir se também vai sair com outras pessoas ou não. O que vai definir isso são os quesitos cerebrais de cada um”.

Casos Reais

A prática pode não ser tão comum assim, mas exitem casais que não tem problema algum com o fato de viverem um relacionamento aberto. É o caso da Bianca Yarck e do Beto Thiago Alves. Ambos são designers e vivem este tipo de relação sem problema nenhum, prometendo sempre serem transparentes um com o outro: “Tínhamos um relacionamento no modelo ‘normal’, mas a mudança para o relacionamento aberto foi quase natural. Nós prezamos pelo compromisso com transparência”. Um sempre conta para o outro o que acabou rolando com alguma terceira pessoa. Vale lembrar que o casal viveu uma relação tradicional por longos 5 anos e a mudança foi quase que instantânea  onde ambos entraram em comum acordo. Psicólogos explicam que nesses casos  “Não existe a exclusividade do amor, mas existe o compromisso com o outro“.

Tire Suas Dúvidas

Tire Suas Dúvidas

Bianca diz que não se arrepende de ter mudado da água para o vinho e que agora se sente bem mais feliz: “Agora temos a liberdade que queremos e assim o relacionamento ficou melhor, brigamos menos e existe companheirismo e sinceridade, por isso que funciona tão bem”. Ela também explica que o ciúme sempre em a tona, mas que agora ela já sabe lidar com isso: “Se percebemos que não está sendo legal, damos uma parada nos outros relacionamentos e ficamos curtindo só nós dois”.

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Relacionamento Aberto: Você Está Preparado?

De fato, uma relação de “poliamor” pode ser muito fáciel na teoria, mas na prática é outra história: ” Quanto menos previsível o comportamento do outro mais empolgante se torna a relação. Além disso, esse tipo de relacionamento pode provocar uma sensação de insegurança: Quando vai acontecer? Quem vai ter outro parceiro primeiro?” explicam os especialistas. Uma relação amorosa que se torne um verdadeiro sucesso só depende de como ele foi construído desde o início e as inseguranças não devem levar você para um caminho que jamais quis percorrer: “Quando existe o respeito de ambas as partes, a cumplicidade, o afeto verdadeiro e maturidade, as chances de dar certo são altas. Com ou sem jogo aberto”. É preciso estar preparado para jogar a toalha e achar que um relacionamento aberto vai salvar o seu casamento.

Perguntas e Respostas

Uma menina que não quis se se identificar, fez a seguinte pergunta: “Tenho 24 anos, namoro há 4 anos e amo muito o meu namorado. Contudo, desde sempre tive muita dificuldade com a monogamia. Requer um esforço extraordinário me manter fiel. Mas sou contra a traição, justamente por violar a confiança que se tem um no outro. Tenho pensado, então, que minha única saída seria propor um namoro aberto. Mas como fazer isso sem comprometer a relação?”

A psicóloga Anette Lewin respondeu: Relações abertas, embora na teoria sejam mais honestas do que uma traição, são bem difíceis de serem vividas na prática porque exigem maturidade, autoconhecimento, sensatez, boa autoestima, boa percepção e aceitação de risco”

O fato é: será que a nossa sociedade está pronta para aceitar os “relacionamentos abertos”?

Escrito por Jéssica Monteiro da Silva 

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