O Excesso de Intimidade no Relacionamento

Intimidade é bom, é o momento de conhecer o outro e de se conhecer junto. Mas e o excesso dessa intimidade, é bom? Quando uma pessoa nota que o amor é correspondido, que num relacionamento sua autoestima não fica comprometida e percebe auto realização em outros aspectos da vida tem a certeza e sente que está numa relação saudável.

Intimidade na Relação

Intimidade na Relação

Sempre nos preocupamos com o excesso de intimidade entre os casais. Bem sabemos o quanto a intimidade é importante, pois sim, mas tudo o que é demais, é sobra. Acho que falta, a muitas pessoas, preservar determinadas coisas que só interessam a si. Quando estamos no início dos relacionamentos existem coisas que não questionamos porque estamos apaixonados e aquela pessoa parece sempre perfeita, sempre tão atraente e desejável. Mas, quando passamos a partilhar o mesmo espaço, a descobrir determinadas coisas, pode ser assustador e existem mesmo situações em que o excesso de intimidade pode ser um veneno para a nossa química relacional. Vejamos por exemplo, o uso e partilha da casa de banho: muitos casais adotam um ritual “à vontade tal”, que parece que voltamos aquele tempo em que, em crianças, tínhamos os nossos pais como espectadores das nossas poses no vaso sanitário.

Estou no Banheiro e Agora?

Existem momentos que são somente nossos e demais ninguém e por isso compartilhá-lo é algo muito desnecessário. E um desses momentos é o do banheiro, onde precisamos ficar a vontade para as nossas necessidades fisiológicas. No início do relacionamento, somos cheios de pudores quanto a este hábito, com o tempo relaxamos e acabamos nos permitindo que, enquanto estamos sentados no vaso sanitário, o outro está na pia, escovando os dentes, fazendo a barba ou mesmo no Box, tomando banho.

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Este é um excesso que acaba com a magia da relação. Não é necessário estamos juntos nesse momento de tanta intimidade. Por mais apaixonados que estejamos, dá para esperar alguns minutinhos para termos a pessoa amada novamente nos nossos braços.

Dê Descarga!

A bexiga está quase explodindo, e você não vê a hora de fazer um xixi para aliviar. Eis que, quando abre a tampa da privada, se depara com um presentinho que só seria mais assustador se estivesse embrulhado com um lacinho. Além de olfativamente desagradável, o cocô não é algo esteticamente atraente. Por isso, antes de sair do banheiro, certifique-se de que os seus dejetos desceram pelo encanamento.

Dividir a Escova de Dentes

É intimidade demais e algo desnecessário. Escova de dentes: cada uma tem a sua. Nada de dividir. Por mais que tenhamos uma relação legal, é algo fortemente desnecessário e isso contribui para uma relação enfadonha o mais breve possível.

Espremer Espinhas do Parceiro

Pode até ser um nobre gesto de amor, afinal, é zelar pela boa aparência do outro. Mas o ato de espremer espinhas alheias até liberar o sebo me soa repugnante. Não tem jeito: sempre que vejo alguém trucidando uma acne me lembro de um episódio do Gordo Freak Show em que João Gordo coletava sebos de espinhas de toda a plateia para jogar em cima de uma pobre vítima – digno de causar náuseas, não? Sem contar que esse hábito pode ser a oportunidade perfeita para uma infecção.

Hora da Depilação

Alguém pode achar atrativo que o (a) parceiro (a) saque à sua frente aqueles aparelhos que tiram os pelos de todos os orifícios do corpo, pelos que nós quase nem imaginávamos que existissem? Alguém poderá achar interessante ver a companheira com as pernas cheias de creme depilatório e rolos na cabeça? Existem coisas que são do nosso espaço e que são nossas, que apenas deviam existir por detrás de uma porta fechada para não corrermos o risco da química se perder. Claro que todos sabemos que existem pelos em determinados sítios e que são retirados para não serem encontrados. Todos sabemos que existem tampões, papeis higiênicos e necessidades fisiológicas, mas daí a vê-los, ouvi-los e cheirá-los vai uma grande distância.

A Depilação

A Depilação

Compartilhar Senhas de E-mails e de Perfis em Redes Sociais

Não, isso não é prova de confiança – é brecha para boas e infundadas brigas. Toda mulher tem aquele amigo mais chegado, geralmente gay, por quem chama usando apelidos carinhosos e para quem manda mensagens por inbox dizendo que está com saudades. Numa dessas, os nervos já estão à flor da pele e as brigas rolam desnecessariamente. Então sejamos claros uns com os outros e sigamos as orientações claras: sua senha é pessoal e intransferível!

Largar a Calcinha/Cueca Suja em Cima da Pia

Isso vale não só para o excesso de intimidade no relacionamento, mas também para as relações variadas como pai, mãe, irmãos, amigos, etc. É totalmente desagradável largar as pessoas íntimas em cima da pia, dependurada no Box ou na torneira do chuveiro, além de ser anti-higiênico.  Então prestem atenção para não abusarem da intimidade!

Flatulência é o Fim da Picada!

Existe algo mais desagradável do que está naquele momento gostoso, leve, abraçadinho assistindo aquele filme numa tarde fria e a outra pessoa soltar um “pum”? Ah, aí já é demais! Além de ser desagradável e desrespeitoso e totalmente desnecessário. Das gafes, esta é a mais grave e mais ofensiva. Isso estraga e muito a relação.

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Para que a saúde de um relacionamento exista, a confiança e a cumplicidade devem estar presentes, mas essa presença não deve ser confundida com promiscuidade, uso essa palavra forte e pesada, pois é assim que vejo os relacionamentos em que não existe espaço para a vida individual de cada um dos parceiros em que tudo é de domínio do outro, desde algum segredinho de seu jardim secreto até mesmo as questões financeiras. Nos laços que ligam duas pessoas não deve haver nós, amarras rígidas quase que perenes, pois saber da possibilidade do fenecimento faz com que cuidemos e reguemos mais o jardim.

Nesse século em que se valoriza tanto as liberdades individuais vamos fazer com que os relacionamentos mudem seu perfil de perfeição para a aritmética imperfeita que diz que um mais um é igual a três, cada um dos parceiros com suas histórias individuais e uma terceira história que eles constroem juntos que é a história de seu próprio relacionamento.

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