Como uma Pessoa Descobre que é Gay?

Gay, Eu?

É absolutamente normal uma pessoa passar por uma fase em que duvide de sua própria sexualidade. Começar a sentir atração por uma pessoa do mesmo sexo, não quer dizer necessariamente que uma pessoa é gay, principalmente na adolescência, que é quando se passa por grandes mudanças no corpo, nos hormônios e nos sentimentos e começa a descobrir coisas novas, novas sensações, começa a descobrir o próprio corpo e a função de órgãos antes vistos sem malícia. Por isso, com tanta coisa acontecendo dentro da pessoa, é normal que se confunda uma grande amizade com amor, inveja com ódio, um forte sentimento fraternal com atração física e talvez até algo mais profundo.

Essa fase ajuda a pessoa no amadurecimento e na definição sexual, principalmente quando os pré-adolescentes passam por experiências que se dizem homossexuais. Quando ele chega a puberdade, essas experiências os ajudam a se definirem sexualmente, embora seja um tipo de tabu para os pais, o que cria certo medo nos filhos. Mas nem sempre isso é apenas confusão, é nessa fase que a ex-criança começa a descobrir quais são seus gostos, suas preferências, e uma delas pode perfeitamente ser relacionar-se com alguém do mesmo sexo.

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Porém, em algumas situações, isso as deixa mais confusas ainda, com raiva e com medo por estarem sentindo isso, por acharem que é errado. A maioria das família, não só os pais, implantam na cabeça das crianças de que a relação em duas pessoas do mesmo sexo é muito errada, por isso, elas sentem tanto medo, mesmo quando mais velhas, de deixarem transparecer seus próprios desejos.

Fórmula Mágica não Existe

Não há uma fórmula que você tome e descubra se realmente é gay. Alguns psicólogos dão dicas para os pais descobrirem se os filhos são homossexuais, se parar pra analisar essa lista, quem sabe não ajude? Os meninos que têm maior tendência homossexual são mais ligados com meninas, são mais delicados, sensíveis e metrossexuais, isto é, se preocupam muito com a sua aparência, desde as roupas ao corte de cabelo.

E com as meninas, ocorre justamente a mesma coisa, só que ao contrário, elas sentem mais afinidade com meninos, vestem-se de forma mais masculina e muitas vezes desleixada, demonstram maior interesse por assuntos ligados ao universo masculino. Entretanto, esses fatores não são provas de nada, eles são apenas sinais que, somados a vários outros fatores, podem querer dizer algo sobre a sexualidade de um indivíduo.

Outra forma de decidir sua própria sexualidade, é colocar na cabeça que nenhuma escolha que você tomar será errada, apesar de sempre existirem aqueles que condenam os gays. Aceitar que uma possibilidade não te faz pior do que ninguém,pode ser um bom primeiro passo para admiti-la, já que muitos gays “encubados” sentem tanto preconceito com aquilo que até eles mesmos sente, que acabam por negar as próprias sensações, deixando os próprios sentimentos abafados.

Para que uma pessoa se sinta confortável para ser quem ela realmente é, deve-se ser ensinada a tolerância dentro da própria casa e desde a infância. Os pais devem dialogar desde cedo com seus filhos, apoiá-los e conduzi-los para um caminho do bem. Esse tipo de tratamento forma pessoas mais confiantes e capazes de lidar com a diversidade e o preconceito que existem no mundo.

Apesar de a sociedade estar se mostrando cada vez mais flexível em relações aos novos padrões de comportamento, isso não significa que estamos livres do preconceito. O aumento de informações que há hoje também auxilia bastante nessa descoberta. Qualquer pessoa pode ver histórias reais de pessoas que enfrentaram e superaram o preconceito e encarar isso como um estímulo para se assumir.

Se uma pessoa sente atração apenas por pessoas do mesmo sexo, tem aquelas sensações dignas de apaixonados por alguém igual a ele biologicamente, é um grande indicio de que essa pessoa é gay, por isso não adianta muito chorar, espernear gritar e muito menos se odiar por isso.

Cura Gay?

Em 1990, a Organização Mundial as saúde (OMS) se posicionou contra a questão de a homossexualidade ser uma doença. Entendendo que a homossexualidade é uma variação natural da sexualidade humana, o Órgão  definiu que ela não poderia ser considerada como uma condição patológica. A partir disso, uma resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP), de 1999, proibiu os profissionais de participarem da terapia para alterar a orientação sexual.

Porém, em 2011, o deputado federal João Campos protocolou na Câmara dos Deputados um Projeto de Decreto Legislativo que propunha suprimir a resolução do CFP referente ao assunto. No projeto do parlamentar, ele pedia a aplicação do parágrafo único do art. 3° e o art. 4° que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão de orientação sexual.

No dia 29 de junho de 2013, o deputado autor do projeto, decidiu arquivar a proposta na Câmara Federal. O presidente da Frente Parlamentar Evangélica falou a colegas na reunião semanal das lideranças da Casa. O recuo de Campos veio após a onda de protestos que se alastrou pelo país em 2013.

Nos protestos contra esse projeto, várias pessoas homossexuais ironizaram a proposta com frases do tipo: Acordei meio gay hoje, vou pegar atestado, ou, quero me aposentar por ser homossexual.

Sou Gay e Sou Feliz

Várias pessoas que se assumiram gays são bem mais felizes do que se tivessem continuado encenando um personagem. Um grande passo para se definir a própria sexualidade é conhecer a si mesmo sem medo do que vai descobrir. Um consolo pode ser: você não está sozinho! Mais de 10% da humanidade é gay, e quase todas as espécies de animais praticam o homossexualismo, a única diferença é que os animais irracionais não se julgam por isso, ao contrário dos humanos.

Bissexual

Caso você sinta atração pelos dois sexos, tesão, paixão e amor por qualquer tipo de pessoa, independente do corpo, você pode ser considerado bissexual. Segundo a psicologia, o bissexual é a pessoa que sente atração, tem desejos e estabelece vontades sexuais com ambos os sexos. Apesar de todos, ao longo da vida, manterem relações cm diversas pessoas de todos os sexos, e sentirem empatia por elas, mas isso não caracteriza a bissexualidade. Deve-se relacionar a bissexualidade inicialmente ao desejo sexual, não a uma relação conjugal. Separar desejo do relacionamento conjugal é importante para entender esse conceito e não cair em questões culturais, embora os bissexuais possam amar e se apaixonar por pessoas de ambos os sexos.

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