Uma das partes mais difíceis do crescimento da criança é a percepção de que há muitas verdades que ela ainda tem de aprender. Durante a infância, os fatos parecem ser mais simples do que você pensa. Quando um filho presencia uma agressão doméstica onde o pai bate na mãe ele não tem muita noção daquela situação.
Brigas sem Limites
Porém à medida que ele vai crescendo começa a observar com mais cuidado, e acaba repensando, tirando suas próprias conclusões muitas vezes dolorosas. Mas também é o que lhe dá a chance de ter um relacionamento com ambos os pais.
No Meio de uma Crise Familiar
Nos esforços da criança para ser justa com os pais ela acaba achando de que tem que tomar partido de um lado ou do outro. Quando os pais vêm brigando por um longo tempo, eles têm algum tipo de relação que é fortalecida por alguma situação que é favorável a uma das partes.
O pai, por exemplo, pode ser um alcoólatra, já a mãe sempre representa o papel vítima, o repreendendo. Alguns pais parecem tentara mudar aquela situação, mas há peças neste quebra-cabeça que a criança não pode e não deve saber.
Muitas vezes, os parceiros, onde um está bebendo estão presos em um ciclo. Um diz: “Eu não beberia se ele ou ela não fosse tão horrível.” O outro diz, é verdade: “Eu não seria tão horrível se ele ou ela não bebesse.” E assim levam suas vidas, sem terem noção do quanto estão prejudicando seus filhos.
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Uma pergunta que muitos filhos fazem é como a mãe vem aguentando aquela situação há tanto tempo. Porém o questionamento ideal seria como os dois poderão parar com essa situação para que eles possam aprender um modo mais pacífico de conviverem um com outro e com os filhos.
No caso em que o pai bate na mãe em virtude do vicio do alcoolismo existem algumas organizações para os familiares e amigos de alcoólicos. Essas organizações favorecem muito os filhos, fornecendo informações importantes e de apoio para as pessoas que estão tentando ajudar o alcoólatra em suas vidas e para mudar as dinâmicas familiares difíceis e dolorosas que muitas vezes ocorrem em suas famílias.
É interessante ressaltar que pode ser útil para o pai que bate na mulher considerar fazer uma consulta com um terapeuta familiar especializado em famílias onde a violência doméstica está presente.
A abordagem terapêutica é exatamente a coisa certa para o pai, e pode ser o lugar certo para a mãe e o pai. Na maioria das vezes os homens que batem em suas mulheres, na em frente aos próprios filhos ou estão alcoolizados, ou estão muitas vezes com dificuldade em lidar com os seus problemas e vícios.
O comportamento do pai é o de alguém que gira cm em órbita em torno da mãe. Cada um dos membros da família precisa se desligar um do outro, mas não abandonar a pessoa, antes é preciso lutar por ela, dando-lhe todos os meios para se recuperar e se tornar um homem respeitável.
A psicoterapia pode auxiliar os pais a começarem a mudar, mas isso é um processo muito longo e que depende da disponibilidade interior deles, em realmente querer ser uma pessoa melhor. Mesmo se isso não acontecer, o filho deve tomar conta dele e tentar ser feliz, pois só assim poderá algum dia auxiliar seus pais.
Quando o pai bate na mãe e os filhos ficam com medo, eles devem chamar a polícia?
Pra responder a essa pergunta vamos nos basear em uma história real: a pessoa começa o relato mais ou menos assim:
“Eu tenho um problema que me tortura muito: meu pai é muito agressivo com minha mãe. Este ano, eles brigaram e, como de costume, meu pai começou a bater na minha mãe, tão forte que ele quebrou sua própria mão. Minha mãe foi para o hospital, mas ela não queria admitir que o meu pai tivesse feito aquilo, porque temia que se dissesse alguma coisa, ela levaria outra surra ou, até mesmo ele poderia matá-la.
Quando meu pai viu o gesso, disse que ainda foi pouco, e que da próxima vez ela iria ficar ainda mais machucada. Eu estava atualmente no exterior, mas foi-me dito tudo isso pela minha mãe e irmã, e quando eu perguntei por que elas não chamaram a polícia, elas disseram que estavam com medo de meu pai.
E, de fato, aqui eu tenho emoções muito negativas de muito medo, particularmente sabendo que minha mãe fica em casa sozinha, desamparada, tem cinquenta anos e doente. Se dermos queixas a polícia quais serão as consequências? Quem garante que após as questões burocráticas da polícia, meu pai não vai bater na minha mãe de novo como um castigo de por denunciá-lo?”
Pense nas Crianças
A recomendação nesses casos é sempre pensar melhor, sem ser paralisado pelo medo. A maioria das pessoas sabe o que significa ser paralisada pelo medo, porque tiveram esse trauma na infância. Portanto, para ajudar e incentivar quem está precisando de um conselho é preciso pensar melhor, e não ter medo da situação em que o outro se encontra.
O fato de que o pai quebrou a mão da mãe e ela não disse nada no hospital ou na polícia, encorajou o pai a ser ainda mais agressivo. Ele se sente com mais poder para fazer qualquer coisa ruim que ele queira, porque todos estão paralisados com medo dele, que trata todo mundo como se fossem planta sou objetos.
Portanto, quando a mãe voltou para casa, ele disse a ela que na próxima vez seria pior. E se ele disse isso, ele iria fazê-lo, também. que poderia ser pior? Sim, talvez um dia ele pudesse jogar algo em sua cabeça e matá-la. Esses casos são muito comuns. Por isso a mãe e os filhos ficam controlados e paralisados pelo medo das coisas irem de mal a pior.
O ideal é o filho ir para casa rapidamente e junto com os outros irmãos e a mãe falar para o pai pedir perdão a mãe prometer que ele nunca mais irá usar qualquer tipo de violência contra ela.
Se ele não quiser ouvir, peça a sua mãe para se mudar com você e seus irmãos, mas isso gradativamente, de modo que nenhum de vocês possa ficar exposto ao perigo.
Porém se a mãe recusar-se a ir embora com os filhos, e preferir ficar em casa, correndo o risco de ser espancada novamente, neste caso, é válido chamar a polícia para declarar o que aconteceu e diga que seu pai ameaçou sua mãe com acerto de contas e isso é muito perigoso para ela ficar com ele.
Neste caso, a polícia notificá-lo que não poderá mais agir daquele modo avisá-lo e, para que ele pelo menos entenda que não pode sair por aí batendo nas pessoas sem nenhum tipo de punição.
O importante é não ter medo e agir. Outro modo de tentar resolver o problema é falar foi para casa e diretamente com o pai e dizer-lhe para parar de agredir fisicamente sua mãe. Se o pai voltar a bater pela segunda vez na mãe, o filho deve levar sua mãe para morar com ele em outro lugar.
Desse modo talvez o pai depois da raiva, possa começar a perceber os erros que ele havia cometido, e se arrepender, pedir desculpas a esposa e aos filhos. Mas lembrem-se sempre: milagres não acontecem e é preciso alguma reação ou da mãe ou dos filhos para que possam realmente mudar essa situação de agressão no lar.
