A maior queixa que se ouve dos pais com relação aos filhos é: “Meu filho não me obedece.” Essa queixa ainda é maior entre os pais que precisam trabalhar fora. Talvez, eles tenham uma certa parcela de culpa nesse comportamento dos filhos. A começar pelo fato de sentir culpa por não estarem mais presentes na vida deles.
Eduque sem Sentir Culpa
Toda criança precisa aprender, desde bem pequena, que existem regras e que elas devem ser cumpridas. É muito importante para a formação da criança e para o seu processo de aprendizagem. Por isso, os pais não devem sentir-se culpados ao educar seus filhos. E, aqueles que trabalham fora, ficarão surpresos quando perceberem que ao explicar para o filho que necessita sair para trabalhar ele irá compreender. As lágrimas no início, são absolutamente normais.
A criança sente falta do convívio (principalmente com a mãe), mas em pouco tempo ela se acostuma. O pai e/ou a mãe comete um grave erro quando começam a compensar a sua ausência com brinquedos ou permissões erradas. A permissividade e a superproteção criam crianças com capacidade de manipular os adultos para conseguir o que deseja. Muito rápido ela percebe o sentimento de culpa que o pai e/ou a mãe carrega em si e usa esse sentimento em seu favor.
Tempo com Qualidade
Muitas vezes, a rotina de trabalho não permite que os pais fiquem o tempo que gostariam de ficar junto com os filhos. Bem, nesses casos faça valer o tempo que tem. Quando puder estar junto, esteja realmente. Brinque, converse, faça dormir, pegue no colo, corra no quintal, na área, dentro de casa, veja os deveres da escola, Demonstre todo o amor que sente. Cubra de carinho de tal maneira que quando tiver que ausentar-se novamente seu filho saberá esperar para estarem juntos novamente.
Seu Lugar na Família
Não faça de modo que seu filho se sinta excluído da própria família. É muito comum alguns pais conversarem entre si ou com outros adultos (com a criança por perto) ignorando a criança. Ou durante o jantar deixar que ela fique separada. Esse comportamento é inadequado. Faz com que a criança pense que ela não tem nenhuma importância dentro da família. Ela precisa estar incluída. Isso lhe dará segurança.
Limite, Rotina, Obrigações
Pais que não dão limite aos filhos quando eles são crianças, correm sério risco de ter que obedecer os limites que os próprios filhos lhes colocarão quando chegarem na adolescência.
Desde muito cedo a criança precisa saber que existem certos limites que ela terá que respeitar. Porém, como todas as outras regras, antes de cobrar esses limites eles devem ser explicados: O que são, porque são, pra que são. Não se deve cobrar nada de uma criança antes de ter conversado com ela. Ela precisa entender também que se desobedecer ao que lhe foi passado como regras terá que aceitar as conseqüências.
Respeitar a rotina da casa, principalmente, fará com que ela aprenda a cumprir os seus compromissos no futuro. Deve-se estabelecer horários para as refeições, para brincar e para dormir.
Cumprir com algumas obrigações, são coisas que a criança precisa aprender muito nova. Ela deve aprender que precisa guardar seus brinquedos quando parar de brincar, por exemplo.
Bem, ninguém nasce adulto. Todos nascem como bebês, depois são crianças, apenas isso. E, se nessa fase elas forem educadas da maneira correta, como deve ser, dificilmente serão adolescentes problemáticos. A desobediência começa desde a infância. Porém, ela pode ser corrigida. Quando uma criança teima por alguma coisa, grita, chora, emburra, naquele momento ela está testando até aonde poderá ir. O adulto que estiver sendo o “alvo” dessa teima não deve ceder, mas também não deve perder a calma. O certo é falar tranquilamente com a criança, fazendo com que ela perceba que está errada e deixando que ela perceba que de nada adiantará o seu teatro.
Testando a sua Paciência
Dos 7 aos 14 anos, os filhos já sabem muito bem o que é certo e o que não é. Por isso os pais precisam agir com muito mais firmeza quando falar com elas. Aquelas crianças que foram criadas desde a infância com limites já sabem que não adianta tentar “enrolar” e nem abusar da sorte. Essas já sabem que não conseguirão nada. Mas, aquelas que foram criadas dominando os adultos que estavam por perto, conseguindo tudo o que queria na base do choro, da pirraça e da chantagem emocional agora não respeitarão mais. E nesse ponto que os pais começam a perceber o grande engano cometido durante a educação que “não deram.” Alguns já começam a pensar nos próximos anos… como será? Uma coisa é certa, bater nesse ponto da situação de nada adiantará.
Adolescentes
O que se pode fazer é uma conversa franca entre pais e filhos. Primeira coisa que precisa ser colocada, é o fato dos pais terem direito e os filhos o dever de obediência. Precisam tentar entrar em um acordo, porque os filhos precisam compreender o quanto perdem com essa atitude de desobediência aos pais. Eles, os pais, devem colocar para eles que admitem que erraram quando não foram mais severos na educação que deram a eles.
No caso de a conversa estar transcorrendo em um clima tranquilo, os pais podem experimentar pedir desculpas por possíveis erros que possam ter cometido, mesmo sem querer. Depois disso, observar se eles mostram alguma reação agradável. Porém, se depois de todas as tentativas de conversas, de desculpas e de explicações nada der resultado, se os filhos continuarem com o mesmo comportamento só resta uma alternativa: mostrar que se quiserem continuar morando sob o mesmo teto que os pais terão que demonstrar respeito e seguir as regras da casa.
Deixe claro que ou é assim ou não é de jeito nenhum. Mesmo que doa no pai e/ou na mãe, como última tentativa para transformar o(a) filho (a) em uma pessoa de caráter, deve mostrar-lhe que mesmo que o ame com o comportamento que ele está demonstrando, naquela casa não tem mais espaço para ele. Às vezes funciona.