Conforme os tempos mudam, a instituição “casamento” parece ter menos significado para os casais, que muitas vezes preferem gastar o dinheiro que teriam investido na cerimônia em uma viagem, ou mesmo uma casa, para então começarem uma vida a dois.
Na verdade, morar juntos é, na prática, exatamente a mesma coisa que um casamento. O valor como instituição atribuído a um casal que une as suas vidas um com o outro, em um sinal de compromisso, companheirismo, amor e amizade ainda permanece eterno.
Então, em que Constitui um Casamento?
De pouco vale na verdade, a união legal de um casal, se eles nãos e respeitarem como indivíduos, e não tiverem os mesmos objetivos de vida em comum – se forem apenas duas pessoas morando juntas, e não duas pessoas que se amam buscando a felicidade um no outro. A palavra casamento já não é mais algo que se refere apenas àqueles unidos oficialmente por um juiz, pastor ou padre, mas sim a todas aquelas pessoas que moram juntas, têm uma vida juntas, e lutam um ao lado do outro.
O casamento é muito mais do que simplesmente uma bela cerimônia ou alguns papeis oficiais: é a questão de companheirismo e bom relacionamento. É aceitar que todos temos defeitos – mas que eles podem ser equilibrados com as nossas boas qualidades. É entender que a outra pessoa, com quem agora se divide muito mais do que um espaço para viver, mas sim toda uma vida, e objetivos pelos quais lutam juntos, também precisa de espaço, atenção e cuidado.
Muito se fala que o casamento, como instituição, está acabando, mas o que verdadeiramente pode acabar é a burocracia o envolvendo – o cuidado, o companheirismo, a tolerância – este terão de persistir sempre que um casal desejar unir suas vidas, lutarem por um futuro em comum, encontrarem bons momentos entre os ruins, tentarem crescer com seus erros, e melhorar seus acertos um ao lado do outro.
Esse casamento – o verdadeiro, aquele do dia a dia, das manhãs de mau humor, das tardes irritadiças, das noites com resfriado, esse que supera todas essas questões pequenas com um sorriso, uma briga, o momento de fazer as pazes – este jamais vai acabar.
O compromisso que duas pessoas têm uma com a outra vai muito além de alguns papeis assinados e uma cerimônia bonita – ali, para alguns, pode ser o sinal do início de algo muito maior, mas não é mais uma necessidade. O compromisso verdadeiro – o casamento, em suas bases mais primitivas – é aquele vivido todos os dias, por milhões de pessoas que jamais assinarão nenhum contrato, ou entrarão de véu e grinalda em uma igreja – mas nem por isso elas se amarão menos, ou seu casamento deixará de significar tudo o que significa.