Direitos Conquistados pelas Mulheres: Uma História de Luta

Ao longo da história, por séculos, a mulher esteve subordinada ao poder masculino, existindo basicamente para cuidar do lar, gerar filhos e de educação dos mesmos. As constantes mudanças nas mais diversas sociedades, porém, foram produzindo instrumentos que dispensaram a necessidade da força física do homem e, ainda assim, a mulher foi mantida em posição de inferioridade. Esses fatos mantiveram amarras culturais na mulher, de modo que a sua existência  fosse apresentada ainda em posição de inferioridade.

Sistemas matriarcais podem ter existido em algumas sociedades mediterrâneas da Idade do Bronze. Entretanto, nas sociedade mais conhecidas e estudadas daquela época e região as mulheres tinham direitos limitados. Essa situação não era uniforme. Na época, em algumas cidades  gregas, conhecidas por polis, determinados direitos de propriedade ou de igualdade legal eram assegurados às mulheres. Todavia, a mulher dos homens de sua família e suas responsabilidades se restringiam ao espaço da casa. Casamentos eram arranjados entre o pai da noiva e o futuro marido.

Depois de vários acontecimentos marcantes ao longo do século vinte, como as grandes guerras mundiais, os avanços científicos e tecnológicos, um reposicionamento de valores favorável a mulher se mostra possível. As mulheres estavam em um processo, a passos lentos e curtos de conquistas sociais, jurídicas e econômicas e, é a partir de então que se fortalecem os debates e lutas por mudanças.

Comparando milênios de interiorização, desqualificação e submissão, os avanços conquistados, com muita luta, nas últimas décadas são singelos e, ao mesmo tempo, fundamentais para a consolidação desse processo histórico e de constantes transformações culturais na trajetória da mulher pela igualdade de gênero.

 

Direitos Conquistados pelas Mulheres: Uma História de Luta

Direitos Conquistados pelas Mulheres: Uma História de Luta

Como Começou o Feminismo da Forma que Conhecemos?

Podemos falar em reivindicação dos direitos da mulher a partir do século dezoito, período da Revolução Francesa e do Iluminismo. As primeiras obras feministas aparecem nesse século, escritas pelas inglesas Mary Wortley Montagu e Mary Wollstonecraft, a qual escreveu o livro Em Defesa dos Direitos das Mulheres. Em meio a Revolução Industrial, no século dezenove, a quantidade de mulheres empregadas aumentou consideravelmente. É nessa parte da história, também, que ideologias socialistas se consolidam e dão voz às questões femininas. O movimento feminista, nesse contexto organizou a primeira convenção dos direitos da mulher em Nova York, no ano de 1848.

Poucos anos depois, também em Nova York, o dia 8 de março de 1857, o movimento grevista feminino foi reprimido pela polícia, em um ato que resultou em um incêndio ocasionando a morte de 129 trabalhadoras, esse numero porém é controverso. Consagrado pela ONU, em memória à essa tragédia o dia 8 de marco simboliza um marco para as mulheres, as ocidentais principalmente, na luta para garantir os mesmos direitos que os homens perante a lei, nos planos civil, político jurídico e trabalhista. Essa data vai muito além de qualquer comemoração pelos direitos já conquistados, serve também para repensar a estrutura geral da sociedade e observar e questionar sob todos os ângulos qual é o papel da mulher. Estudiosos afirmam que essa greve em 1857 foi pioneira na causa feminina, mas não responsável  pela catástrofe.

Feminismo

Feminismo

O Início da Luta pelos Direitos da Mulher no Brasil:

No Brasil, ainda no século dezenove, uma importante pioneira pela emancipação feminina, é pouco lembrada pela maioria dos nós brasileiros. A gaúcha Nísia Floresta, nascida em 1810,  foi uma das mais destacadas personalidades que apresentaram o feminismo aos brasileiros. Ela atuou como escritora, educadora, tradutora, jornalista e poetisa. Morou em varias regiões do pais e, também, viveu muitos anos de sua vida na Europa, em especial na França, local de seu falecimento.

Dentre as conquistas feministas no país, destaca se a criação das delegacias especializadas em atender exclusivamente às mulheres e a Lei Maria da Penha. Mesmo as DEAMs trabalhando com problemas estruturais e materiais, pode-se perceber que as delegacias femininas foram um importante avanço na luta dos grupos feministas contra maus tratos por parte de seus companheiros. Porém, essa não é ainda a resposta que a mulher necessita. No que diz respeito ao combate à violência doméstica, a maioria não quer simplesmente que haja punição ao agressor, e sim quer que não haja a agressão.

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E Depois de Algumas Conquistas?

A mulher do século vinte e um se depara com uma contradição. De um lado está uma herança histórica que a limitava no papel de mãe e esposa, e de outro lado está a possibilidade de ser o sujeito de sua própria história, igualmente aos homens. É na intimidade dos lares que se apresenta o lado mais cruel dessa contradição e, infelizmente em muitos casos, com a conivência da própria mulher: a violência doméstica do companheiro, marido, namorado, irmão ou do pai contra a mulher.

Esse tipo de violência é um fenômeno histórico e cultural, habitualmente velado em nossa cultura. Já na infância os dados em relação a isso são assustadores, cerca de 98% das crianças brasileiras abusadas sexualmente e agredidas em seus respectivos lares são meninas. Superar a violência contra a mulher é uma questão em caráter de urgência e que necessita de uma imediata conscientização popular. O diálogo entre as famílias para que um dia essa violência se torne efetivamente erradicada é fundamental.

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Por fim, é sabido que as leis em favor da proteção da vida da mulher existem. No entanto, mais importante que palavras escritas  é o modo como interpretamos e cumprimos as leis. Nossa legislação possui muitos pontos que precisam ser revistos e mudados, mas, primeiramente, é imprescindível que as relações interpessoais entre homem e mulher sejam de forças equivalentes. É por meio de tais mudanças que a condução da sociedade à uma igualdade de direitos humanos, à liberdade de ir e vire à autonomia das vontades e escolhas das mulheres será, então, possivel.

Para maiores informações sobre os direitos já assegurados às mulheres e quais são debates em pauta sobre a causa feminina, acesse os links abaixo:

Secretaria de Políticas para as Mulheres: http://www.spm.gov.br/

Conselho Nacional dos Direitos da Mulher – Legislação: http://www.spm.gov.br/conselho

Lei Maria da penha pdf: http://www.spm.gov.br/publicacoes-teste/publicacoes/2012/lei-maria-da-penha-edicao-2012

Lei Maria da penha: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm

Marcha das vadias: http://www.marchadasvadias.org/

Conhece alguma mulher que foi, ou está sendo vítima de violência física e verbal? Denuncie! Saiba como fazer essa denuncia:

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/veja-como-e-onde-denunciar-casos-de-violencia-contra-mulher-20110805.html

como denunciar a violência infantil?

http://www.obrasileirinho.com.br/denunciar-crime-contra-crianca-e-facil-veja-como/

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Curiosidades

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