Um dos maiores dilemas da vida de uma pessoa é o momento de uma separação. E nem sempre esta separação quer dizer um casamento longo, com filhos e toda uma vida conjugal em comum. Mas toda separação, seja ela um namoro ou um longo casamento, é um momento traumático e difícil para ambos. E uma das razões que torna essa decisão ainda mais difícil é o medo. Medo de ficar só, medo de estar fazendo a escolha errada, medo de só perceber depois terminou a relação que ele ou ela era a pessoa dos seus sonhos.
O medo que nos paralisa, diante das dúvidas e anseios de uma vida solitária, pois também nos impedir de dar um grande passo para a felicidade, pois com o tempo, é próprio da espécie humana, se acostumar com as situações e diante deste comodismo ter medo de mudar. E este medo que está paralisando as nossas ações pode ser o maior empecilho para que tomemos uma decisão coerente e acertada.
Saber qual a melhor hora de pedir a separação é uma incógnita e isso vai variar de casal para casal. É bem possível parar para prestar atenção aos sinais que vão surgindo, mas cada casal, na individualidade que se estabelece, pode agir de diferentes modos a cada situação. Entretanto, existem alguns pontos que são bem comuns entre qualquer casal e se um destes pontos lhe desagrada ao ponto de você não conseguir conviver com esta situação, aí sim você poderá tomar coragem e pedir a separação. De todo modo, é imprescindível que esta atitude seja a mais coesa possível, evitando brigas, agressões físicas e verbais, ofensas e até situações mais extremas de violência e descontrole emocional.
Pontos a Serem Avaliados…
- Respeito – Respeito é fundamental. No momento em que um perde o respeito pelo outro, faz-se necessário, urgente, que esse casal se separe, antes que uma tragédia aconteça. A partir do momento em que ofensas são proferidas, agressões verbais e físicas são cometidas, é hora de por um ponto final urgente, pois acabou o respeito, acabou tudo. Não mais o que se fazer junto. E saber conversar para pedir a separação é fundamental, principalmente se existem filhos.
- Solidão a dois – Muitas vezes, o medo de ficar sozinho (a), a incerteza de que acharemos alguém à nossa altura e o medo gigante da solidão nos paralisa diante a decisão: pedir ou não a separação? Mas a solidão a dois é muito maior, mais desgastante e mais traumática para uma pessoa do que a solidão de estar sem ninguém.
Pare para pensar: do que vale uma relação aonde você se sente mais sozinha do que se realmente estivesse sozinha? A solidão a dois é angustiante, frustrante e depressiva. Ter alguém ao seu lado que é incapaz de lhe dar carinho, atenção e de atender as suas necessidades básicas mais efêmeras é muito pior do que realmente não ter ninguém. Então meu caro, se a sua vida é uma solidão a dois, converse com o seu parceiro (a), exponha sua insatisfação sem briga e não havendo mudança e você julgando esse fato vital para a sua saúde mental e a saúde do seu relacionamento, é hora sim de abandonar o medo que lhe paralisa e partir para uma nova etapa da sua vida.
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- Vida Sexual e Intimidade – Em todo início de relacionamento, quando a paixão está a todo vapor, a troca de carinhos, de toques e libido estão a mil e toda manifestação de contato físico já resulta em fazer amor. Que delícia se até o final de nossas vidas fosse desse jeito, não é mesmo? Mas da mesma forma que a paixão tem prazo de validade, com ela a vida sexual também vai espaçando e com o tempo, a frequência não será mais a mesma dos primeiros tempos.
Até aí é absolutamente normal, visto que é comum que a frequência diminua. Diminuir sim e não que acabe. O ser humano tem necessidade de carinho, de toque, de atenção, por mais que não haja sexo propriamente dito. Então, se a sua vida sexual já não existe mais e sempre há uma desculpinha para fugir como: estou com dor de cabeça ou estou cansada e não há mais atividade sexual, enquanto você gostaria que a sua vida sexual estivesse a todo vapor, é hora de repensar a sua relação e ter uma conversa franca. E se não há mudanças, também é hora de partir para outra.
- Afetividade – Além do sexo que é imprescindível em qualquer relação, a afetividade, a amizade, o diálogo e o companheirismo se fazem totalmente indispensáveis. Se há mais divergência do que convergência na sua relação é hora de repensar a sua relação. Vale a pena manter uma relação de aparência, aonde não diálogo, amizade e prazer na companhia um do outro?
- Bem estar físico e emocional – Se você está naquela fase da relação onde o seu bem estar físico e emocional não estão íntegros, onde você mais triste do feliz, mais sozinha do que acompanhada, mais aborrecida do que feliz e tudo é motivo de briga e você chora e se chateia por tudo e a sua depressão já interfere na sua integridade física, faz-se urgente a necessidade de pedir a separação, pois nada mais angustiante do que manter uma relação de desvantagem emocional, onde a sua integridade não é preservada e a sua autoestima está abalada.
- Filhos – Se a sua relação, seja ela namoro, noivado ou casamento tenha o agravante dos filhos, na hora de pedir a separação é imprescindível que os filhos estejam e permaneçam neutros. A conversa com os filhos é fundamental e para a boa saúde emocional deles, e que eles saibam que a separação não vai interferir na relação de pais e filhos.
Uma separação, seja o final de um namoro, noivado ou divórcio, é uma experiência ímpar e desgastante e por mais que tenhamos passado por esta experiência outras vezes, ela é sempre traumática e não uma receita pronta que minimize essa dor, principalmente quando ainda há sentimento, mas que situações externas e extremas tenham contribuído para o final do relacionamento, como traição, brigas constantes e os demais itens que já citamos.
Então, caso perceba que o fardo está muito pesado, procure ajuda psicológica, pois lhe ajudará a vencer esta fase com mais serenidade, melhorando a sua autoestima e a sua vida emocional e física.