O início de uma vida conjunta com um casal nem sempre se dá a partir do momento do casamento. É cada vez mais comum que, antes de decidirem tomar um passo tão importante, os casais já morem juntos há algum tempo. Esse tempo é, de certa maneira, essencial para que os dois se conheçam, e tenham no futuro, uma vida mais harmoniosa e feliz.
Antes de decidir morar juntos e unir duas vidas, é importante ter certeza de que esse é o passo certo a se dar. Dividir um lugar de convivência nunca é fácil, e muita coisa muda entre namoro e morar juntos. Pequenos defeitos que antes passavam despercebidos começam a tomar forma, e hábitos jamais notados se tornam evidentes com a proximidade.
É preciso que o casal tenha consciência de que eles serão, a partir daquele momento, mais do que namorados: eles serão duas pessoas dividindo uma vida, batalhando por decisões e objetivos em comum. Decisões que antes seriam tomadas apenas por uma pessoa, com uma púnica opinião, e uma única visão sobre o assunto, agora devem ser debatidas e percebidas como algo a ser analisado em conjunto antes de ser realizado.
Mais do que isso ainda, dividir uma vida com alguém é algo sério. As contas para pagar, as responsabilidades da casa, as compras, a organização: para que a vida a dois dê certo e funcione como todo casal deseja, nenhuma tarefa deve ser feita apenas por uma das partes. Iniciar uma vida a dois é perceber que há uma outra pessoa, com os mesmos direitos e deveres que você, cujas opiniões devem ser respeitadas e debatidas, e as suas decisões já não valem apenas para um – mas por dois.
Por mais que um casal que mora junto se dê bem, no entanto, as brigas sempre acontecerão: é natural. A grande diferença depois de se começar uma vida a dois é que já não há mais ‘minha casa’ e ‘sua casa’ para deixar que as coisas esfriem e então se conversar a respeito: há apenas a ‘nossa casa’, um lugar em comum.
E é por isso que é imprescindível que o casal perceba que, por mais que sua vida agora gire em função um do outros, eles ainda são duas pessoas distintas, que muitas vezes terão de concordar em discordar, ou então ceder em alguns pontos para fazer a outra pessoa feliz, mostrar que se importa com aquela pessoa sem sufocá-la, dar espaço sem fazer com que o outro se sinta rejeitado.
Uma vida a dois não é algo fácil, mas também é uma experiência maravilhosa de crescimento pessoal, diálogo e honestidade são a base desse tipo de relação, que deve ser preservada por ambas as partes, para que os dois sejam felizes.