Casamento Japonês

Talvez pelas religiões diferentes, talvez pela cultura tão diversificada, talvez pela modernidade que os alcança, transforma e constrói os casamentos japoneses são, hoje em dia, os mais inusitados, diferentes e ousados. Mas são também os mais tradicionais. Isso porque não há um estilo especifico de casamento no Japão que seja possível apontar como aquele que é principal e que reflete o costume do seu país.

Um exemplo disso é a roupa usada pelas noivas. As que seguem a tradição, com seus rituais e cerimônias perpetuadas por anos, usam a roupa típica do Japão: quimono. Há outras que fazem uma breve cerimônia e somente trocam os votos e as alianças. Já outras que são realizadas cerimônias grandes, ricas e sofisticadas. Essas cerimônias são diferentes em muitas coisas, mas nenhuma dessas diferenças é por conta da religião.

Apesar de ter muitas religiões no Japão como xintoísmo, catolicismo, budismo e ritos filosóficos, a cerimônia dos casamentos não se deixa determinar por um modo exclusivo. Mas o casamento budista, por exemplo, ainda se segue regras milenares japonesas como dar três taças para o homem e a mulher e cada um usa a taça três vezes. A primeira é usada pela mulher primeiramente aí vai para o homem e volta para a mulher. A mesma coisa acontece com a segunda e a terceira, só que sempre começando ao contrário de onde se parou com a última. A bebida de dentro das taças pode ser saquê ou champanhe. Todas as taças simbolizam algo, sendo que a primeira significa o juramento a Deus, a segunda é a gratidão aos familiares e a terceira é para aquelas pessoas com quem o casal irá encontrar diariamente.

Se comparado o casamento cristão com o budista pode-se perceber que há alguns detalhes que são diferentes, pois a cerimônia é ministrada por um pastor ao invés de um padre, mas há coisas que são muito similares como as leituras feitas durante a celebração tiradas da Bíblia, os vários cantos que louvam Deus, a troca de alianças e dos votos um para o outro, etc. Aliás, não só a cerimônia budista e cristã que são parecidas entre si, como também há muito das características do casamento cristão brasileiro.

Uma curiosidade é que a noiva troca de roupas durante toda a cerimônia, enquanto que o noivo usa do começo ao fim o mesmo terno com camisa branca. A noiva também usa uma peça colocada na cabeça que tem flores, pérolas e ouro que significam sorte para os noivos. A mulher também tem o seu corpo inteiramente pintado de branco para se aproximar dos deuses. Depois que a cerimônia acaba os noivos à um santuário para ofertar aos deuses e são abanados acima da beça com galhos de uma árvore sagrada.

O governo coreano e as pessoas dão grande importância ao casamento em seu país, pois não há quase crianças na coréia. Assim, há uma grande expectativa que aquelas pessoas se casem e procriem. Os preparativos para um casamento começam normalmente após a festa de noivado. Na Coréia os noivos costumam pedir a mão das noivas em restaurantes e acabam festejando a decisão de se unirem no mesmo lugar. Em um noivado coreano as famílias trocam presentes e a data oficial do casamento é anunciada para ambas as famílias.

Nesse dia, as noivas se vestem com um traje tipicamente coreano chamado de hanbok, que é especifico para essa ocasião. Ao contrário do casamento brasileiro, por exemplo, que as noivas costumam colocar uma roupa específica somente no dia do casamento colocando um vestido branco, véu e grinalda. No noivado a música, a comida e a bebida são coisas típicas da cultura coreana, mas não são pré-determinadas pela tradição.

Uma dos ritos mais estranhos de casamentos que a tradição coreana determina que o noivo e a noiva façam é o rito do ganso selvagem. Depois do noivado e antes do casamento o noivo deve comprar para a mãe de sua companheira um ganso selvagem que pode estar vivo ou empalhado. Na Coréia os gansos selvagens são tidos como companheiros eternos. Este presente simboliza que o noivo estará sempre com a filha dela, cuidando e amando.Depois do noivado a mãe da noiva sabe que vem muito trabalho pela frente, pois além da cerimônia de casamento ser realizada tradicionalmente na casa da noiva, a mãe ainda precisa cultivar um vinho que será dado aos noivos no dia do casamento. Eles devem beber o vinho especial enquanto dizem seus votos um para o outro. Essa cerimônia é chamada de kunbere.

Nos casamentos ocidentais não é comum ter cerimônia depois que os noivos já estão casados, mas no caso do casamento coreano há outra etapa. Depois de casados, o homem e a mulher devem visitar a família dele e ela deve dar castanhas aos pais do seu marido. Eles a recebem com amor e como prova disso jogam em cima dela as castanhas. Essa cerimônia pós-casamento é chamada de p‘ye-Baek.

Umas das tradições do casamento coreano é o noivo permanecer amarrado em uma mesa na pista de dança enquanto os seus amigos mais íntimos batem em seu pé. Os amigos só podem parar depois que a noiva cantar para eles. Outro modo de fazer os amigos para de mexer com os pés do noivo é se a mão da noiva, portanto sua sogra pagar eles. Esse rito simboliza o momento em que o noivo deixa os amigos para ficar com a mulher, por isso de certo modo é como se ele estivesse apanhando por abandoná-los.

A cultura de um país é refletida no modo como são celebrados eventos importantes da vida do homem, como o casamento por exemplo. Um exemplo da cultura dentro do cerimonial são os casamentos japoneses, que são bem diferentes do que costumamos ver aqui pelo oriente.

Começando pelos trajes, os japoneses se vestem com roupas diferentes das vestidos no dia-a-dia. Segue-se então um ritual sereno e bem colorido, onde os noivos passeiam juntos até chegar ao local da cerimônia. Confira algumas fotos e veja as diferenças dessas cerimônias.

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Categoria(s) do artigo:
Cerimônias

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