Um pouco sobre a história das festas juninas:
O bom brasileiro sabe que o mês de junho – e também de julho – é o mês típico em que são realizadas festas, que muitas vezes são maiores até que o carnaval; festas estas que celebram santos, como o São João, com muita comida tradicional, bebidas e danças típicas.
A nossa conhecida quadrilha, que é a dança feita por vários casais, vestidos a caráter, que dançam uma história, teve suas origens na França. Lá, quadrilha era apenas um tipo de dança. Quando trazida para cá, os brasileiros logo deram um toque pessoal na dança, e ela se tornou tradicionalíssima como é hoje.
As variedades da festa junina pelo Brasil:
Já sabemos que essa festa é comemorada nos quatro cantos do Brasil, mas mesmo que as bases históricas sejam as mesmas, cada lugar e cada região têm seu jeito próprio pra comemorar.
A região nordeste é, sem dúvida, o lugar onde a festa junina tem mais destaque. Lá, eles homenageiam os Santos Antônio, São Pedro e São João. São vários dias de festas e o casamento caipira é enormemente planejado e realizado.
Em Caruaru, em Pernambuco, é a festa ideal pra quem gosta de dançar, porque lá é ‘’a capital do forró’’. A festa é de grandes proporções, onde vários shows são apresentados. Mas eles conservam as tradições e fazem a festa com as comidas e danças de maneira típica.
Na Amazônia, a festa tem outro nome. Chama Caboclada, e começa em junho e vai até dezembro. Em Belém, Parintins e Manaus, acontecem festas grandes assim também, mas que tem como personagens principais os bois (Boi-bumbá, boi garantido e boi caprichoso).
Até a região sul tem festas juninas. Em todas as regiões celebra-se algum santo, mas é nessa região que essas homenagens são levadas mais a sério. Tanto que as festas são muito mais sérias e sem tanta encenação como das outras regiões.
A história do casamento caipira:
A festa junina se tornou uma festa folclórica aqui no Brasil.
No passado, as festas de casamento das pessoas do campo costumavam ser realizadas na noite de São João, para que o santo abençoasse a união. A noiva, o noivo, os pais e os convidados se reuniam ao redor de uma fogueira, para comemorar o casamento e cantavam música popular e comiam comidas típicas.
Essas pessoas eram chamadas de caipiras, que eram pessoas que viviam no campo, na roça. Por isso, hoje em dia nós chamamos essa parte da festa de casamento caipira.
O casamento caipira deixou de ser uma união verdadeira, mas passou a ser uma encenação. É como se fosse uma peça de teatro que retrata o casamento de dois caipiras, sendo que geralmente o pai da noiva é aquele tipo bem rude que força o noivo ao casamento. As pessoas se divertem muito, pois a encenação é muito engraçada e as roupas e o cenário – todo enfeitado com bandeiras coloridas e flores – também ajudam a criar um clima de diversão.
Por Carol C.