Há algumas décadas ter grande parte das famílias brasileiras chefiadas por mulheres era algo impensado, mas ao que parece está se tornando mais comum com o crescimento do mercado de trabalho voltado para elas. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae apresentou o resultado inusitado (até então) de que 40% das mulheres são as responsáveis pelo orçamento da casa.
Seja porque elas estão estudando mais e se tornando mais qualificadas para o mercado de trabalho, ou seja, porque estão assumindo as contas da casa quando os maridos perdem o emprego o fato é que as mulheres estão se estabelecendo no papel de chefes de família. Saiba mais sobre o perfil das mulheres que sustentam as suas famílias.
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Cada Caso, Um Caso
Atualmente, não faz mais sentido pensar que somente nos casos de necessidade (como a perda do trabalho pelo marido) fazem com que as mulheres saiam do conforto do lar para assumir a chefia financeira da casa. Há alguns anos o perfil das chefes de família era realmente esse, uma mulher que se viu diante das necessidades da família e precisou encontrar uma colocação no mercado de trabalho.
Entretanto, hoje em dia as mulheres têm buscado e se estabelecido no mercado por livre e espontânea vontade. A mulher do novo século descobriu o prazer de trabalhar e ser a provedora das suas necessidades e da sua família. Nesse cenário temos as mulheres que vão a luta pela necessidade, aquelas que desejam ter sucesso no trabalho conseguindo se tornar boas provedoras e as empreendedoras que começam os próprios negócios.
Mulheres Empreendedoras
As mulheres empreendedoras que sustentam a família têm aumentado consideravelmente no mercado. Pesquisas a esse respeito detectaram que as mulheres que conseguem se manter por mais tempo com as empresas abertas são aquelas que possuem um nível mais alto de escolaridade bem como acesso a informação.
Um acontecimento mercadológico que tem influenciado bastante é o crescimento do mercado brasileiro interno. Para se ter uma ideia nos últimos anos mais de 40 milhões de brasileiros puderam consumir. Com esse crescimento surgem novas demandas por serviço e as mulheres empreendedoras têm sabido aproveitar a boa fase para encontrar uma fonte de sustento para a sua família.
As mulheres têm conquistado e ocupado posições de liderança em vários setores que antes eram dominados pelos homens como a política, de negócios e outros. Um dos destaques entre os tipos de negócios próprios das mulheres estão aqueles com um toque feminino como salões de beleza e confeitarias, por exemplo. Mas, não se engane tem mulheres donas de oficinas mecânicas também.
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Mulheres Que Assumem a Casa
A história de muitas brasileiras que se tornaram chefes de família começa quando os maridos perdem o trabalho e se torna necessário buscar uma nova alternativa para manter a casa. Seja trabalhando em casa por meio de encomendas de doces e afins ou procurando uma vaga de trabalho essas mulheres mostram que é possível assumir esse papel de grande importância com leveza e sem sofrimento.
A Ascensão Feminina na Última Década
As pesquisas que apontam que quase metade das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres também demonstram que se trata de um crescimento que aconteceu nos últimos dez anos. Para se ter uma ideia a proporção de mulheres que passou a ocupar o papel de chefe de família é da ordem de quatro vezes mais do que no início do século XX.
Dentre os casais sem filhos a quantidade de mulheres que ganham mais do que os parceiros subiu de 4,5% (no começo do século) para 18,3%. Analisando casais que tem filhos o crescimento foi de 3,4% para 18,4%. Mesmo ainda existindo desigualdade de salários em algum nível entre homens e mulheres elas tem conseguido sustentar a família.
O Crescente Percentual de Mulheres Que Sustentam a Família
Um dos fatos novos observados pela pesquisa empreendida pela Sebrae é que cada vez mais existem casais sem filhos em que os dois trabalham. Esse novo padrão de casal vem sendo observado como um reflexo da nova identidade familiar brasileira. Um dos fatores que contribuem para esse quadro é o ingresso de cada vez mais mulheres no mercado de trabalho e a espera para se casar e ter filhos.
Para que se compreenda a situação é interessante voltar um pouco no tempo e lembrar que em censo do IBGE realizado em 1996 existiam cerca de 20,81% de famílias chefiadas por mulheres. Já no Censo realizado em 2000 esse número havia crescido para 26,55%. No ano de 2011 em mais um levantamento do IBGE se percebeu que o número de famílias em que a mulher era a pessoa de referência cresceu para 37,4%.
Os Casais Sem Filhos
Parte dessa mudança de paradigma social que se observa se deve ao aumento de casais sem filhos em que a mulher não pensa em ter filhos durante um bom tempo devido a estabilização profissional que possui. Num comparativo de 2001 para 2011 é possível perceber que houve um aumento significativo na quantidade desses casais sem filhos indo de 18,8% para 21,7%.
Idade da Mulher Referência
Outro dado que foi coletado através dessas pesquisas é que a faixa etária da mulher referência de sustento da família é de 24 a 34 anos em 42% dos casos. Já o valor do rendimento dessa mulher fica em torno de 3,2 salários mínimos. A região Sudeste do país contava com um quarto de casais sem filhos em que os dois tinham rendimentos.
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Busca Pela Igualdade
Apesar de ter sido reduzida em algum patamar a desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho ainda existem profissões e casos em que eles recebem mais do que elas para realizar as mesmas atividades. A busca pela igualdade ainda se mantém, mas com esse novo cenário é possível que se torne mais fácil conquistar os mesmos direitos.
O que as mulheres estão tentando dizer ao mercado de trabalho é que não querem ser melhores que os homens e ter mais direitos e sim ser tratadas com igualdade. Quem desempenha funções iguais não pode receber menos por isso. Cada vez mais as mulheres tem conquistado espaços que antes eram somente dos homens.