As Crianças e o Divórcio dos Pais: Como Enfrentar e Cuidados

O divórcio é um dos momentos mais marcantes para a vida de uma criança. Mesmo sendo um assunto que diz respeito aos pais e seus sentimentos, os filhos são afetados diretamente porque a formação do núcleo familiar foi abalada de forma drástica. Os pais, pessoas que os pequenos amam e tomam como referência de figura para serem como adultos, estão fora da mesma casa e diversos sentimentos duvidosos sobre a nova relação familiar costumam surgir na mente dos filhos.

Divórcio

 

Por que o Divórcio Abala as Crianças?

Os pais precisam entender que o divórcio é um dos motivos de maior insegurança para o filho quando infelizmente acontece. Quanto mais velho mais fácil de compreender, mas mais vão surgir dúvidas sobre a nova relação. No geral, a primeira coisa que surge é o sentimento de culpa: os pequenos tendem a achar que, de alguma forma, foram culpados pelo fim da relação. Podem passar pela sua mente que suas brigas, birras e choros fizeram com que os pais cansassem e um dos dois saíssem de casa.

Outro sentimento comum entre os filhos de pais separados é que eles podem fazer alguma coisa. Eles podem até entender que não é culpa deles, mas acham que a cada choro ou doença podem trazer os pais de volta para a mesma casa e, se conseguirem se ver por uma noite inteira, poderão ser felizes.

Há ainda os filhos que pensam que sua família está sendo destruída. Isso acontece mais com os mais velhos: estes acham(principalmente a partir dos 9 anos) que a família foi destruída, que o núcleo familiar se quebrou e com isso, sua vida não vai ser a mesma. Os filhos tendem a pensar que a separação de casa também é uma separação de amor e como são obrigados a conviver com isso sem querer, há uma sensação de incapacidade. A vida está mudando mas eles não podem fazer nada para voltar atrás ou concertar as coisas. Há um grande sentimento de incapacidade envolvido, semelhante ao que surge quando os pais sentem que o casamento acabou e não podem fazer nada por isso.

Uma Boa Conversa pode Ajudar no Problema

Tantos sentimentos e frustrações envolvem crianças de todas as idades quando o assunto é divórcio. O que fazer? Cuidar da melhor forma possível para que isso não afete a criança mais do que o necessário. Ela vai ter que conviver com algo que não quer, ter os pais em locais separados e ter que escolher entre um deles em alguns casos torna sua mente confusa, cresce a dor e traz um medo inquestionável.

O melhor que os pais podem fazer para tentar amenizar a separação para os filhos é tratar do assunto em conjunto. Eles estão indo embora para outra vida mas os filhos não precisam fazer o mesmo e por isso, precisam ajudar o máximo que podem para a relação se manter estável entre as partes. Uma conversa com os pais e filhos juntos pode ajudar bastante. Se ao menos neste momento o filho sentir que a relação vai se manter da mesma forma, pode entender que para ele nada vai mudar tanto quanto ele espera e pode amenizar bastante as coisas.

http://www.youtube.com/watch?v=gHWtI6cIghI

As crianças absorvem bem melhor que os adultos os problemas de relacionamento e partir dos cinco anos querem entender tudo. Uma conversa clara sobre o que está acontecendo vai fazer com que eles se sintam participantes, ativos e absorvam melhor a saída de um dos membros da família. Pode-se explicar nesta conversa os motivos reais da separação ou uma versão mais branda dos acontecimentos, desde que todos entendam que não há mais chances de volta e o divórcio é fato.

Faça com que seus Filhos não se Sintam Culpados

O nome das crianças ou qualquer atividade relacionada com eles que tenham causado brigas não podem ser citadas como motivos de separação. Mesmo que por causa da natação do seu filho diversas brigas tenham surgido, ignore o problema, trate como algo irrelevante e não comente.

Os Filhos não tem Culpa

 

No momento que esta atividade surgir na pauta, o filho não vai mais entender o restante da conversa, vai apenas sentir a culpa e na sua mente vai entender que, se ele não fizesse natação, a separação não existiria, o que o casal sabe que não é verdade. Mais uma vez aqui o sentimento de incapacidade vai se manter e não vai demorar há ir embora. Em alguns casos dura uma vida inteira.

Tente Manter a Vida entre Pai e Filhos o mais Normal Possível

A pior forma de manter uma separação é causar uma briga toda vez que os dois tiverem que estar no mesmo espaço. Se tiver reunião dos pais e mestres na escola e ambos quiserem ir, vão. Vão também nas festas da escola, dos amigos, de familiares, pensando no melhor para a criança e não em seus conflitos pessoais.

Pode ser que a presença seja insuportável do outro no mesmo espaço, o que é comum em casais que acabaram o casamento de forma trágica. Para esta situação não existe uma receita infalível ou remédio de tolerância. Respire fundo e pense no seu filho. Houve um momento em que vocês foram felizes em família junto, nem que seja por pequenos instantes, e isso deve se manter quando as crianças estiverem presente. Além de serem mais felizes desta forma, os pequenos vão se sentir bem melhor quando entenderem que não são a causa da separação.

Não Jogue seu Filho Contra o Pai ou Mãe Dele

Seu filho não é uma arma para ser usada em seu bel prazer. Ele se sentirá usado se for citado como motivo para brigas, chamar o outro para voltar para casa e ainda para manter um casamento falido. Se não der certo, não use seu filho como arma para a união porque você não gostaria de ser usado da mesma forma. Sendo criança ou adulto, é usar o outro da mesma forma e machuca bastante.

http://www.youtube.com/watch?v=NtHKSELrGaE

Também não jogue seu filho contra o outro. Não tem nada pior que um pai que fala mal da mãe o tempo todo. O amor de vocês acabou mas mesmo assim os filhos continuam. Não existe ex filhos, apenas ex marido e ex esposa. Fazer com que ele odeie seu pai pode ser um tiro bastante errado: ele pode odiar seu ex cônjuge, mas também odiar quem cuida dele apenas por querer que ele odeie seu pai e sua mãe. Muitas vezes pode ser injustamente, o que agrava ainda mais a situação.

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Comentários

  • Eu tento dar todo amor e atençao para minha filha

    marcelo andre gontijo 19 de janeiro de 2014 20:32

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