Muitas vezes os nomes madrasta e padrasto assustam. Talvez, porque eles ainda lembrem as histórias dos contos de fadas, onde a madrasta e o padrasto eram pessoas muito ruins. Bem, pode ser que alguns enteados, padrastos e madrastas já tenham passado por situações desagradáveis. Contudo, na atualidade, esses “novos pais e novos filhos” têm vivido uma experiência bem menos cruel do que aquelas narradas nos contos de fadas.
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Na época atual, muitos casais estão vivendo a experiência de um segundo casamento. E, se um deles ou ambos tem filho (os) do relacionamento anterior, o novo casal deve estar preparado para conviver com um (a) enteado (a).
O que Fazer?
O padrasto ou a madrasta deve ter em mente que se essa situação é meio difícil para ele (a), pode estar sendo muito mais para a criança ou adolescente que a está vivendo. Geralmente, essa criança é fruto de uma situação que ela não queria que acontecesse e, de onde saiu marcada pela dor da separação de um dos pais. A separação entre os adultos é aceita com um pouco mais naturalidade. Mas, não se pode exigir de uma criança que ela não sofra ao ser afastada de um pai ou de uma mãe.
Ela é Viúva…
Se uma mulher viúva, com filhos se casa novamente, desde que o novo marido não tente substituir o pai ausente, pode até ser aceito como um novo pai ou um amigo. Se o enteado quiser falar sobre o pai verdadeiro, não o ignore porque, pra ele é importante. No caso do homem, viúvo, com filhos, a situação é um pouco mais complexa porque, geralmente quem fica mais tempo em casa é a mulher. Porém, ela também só precisa entender que para a criança, ela está ocupando o lugar da mãe que “não podia ter morrido”. Deve Mostrar com atitudes para essa criança, que respeita seu sentimento e que não pretende ocupar o lugar da mãe, em seu coração.
Criança órfã de um dos pais, tem receio de que essa pessoa tão querida(o) por ela, seja esquecida, em um novo relacionamento. Por isso, em alguns momentos totalmente fora de hora, algum assunto relacionado com essa pessoa pode acabar fazendo parte da conversa. Caso isso ocorra, não demonstre irritação. Não lhe peça que se cale e nem mude de assunto.
Escute-a com carinho, ou ao menos com simpatia. O amor continuará no coração mas, aos poucos, esses assuntos irão diminuindo.
Quem “Manda” na Casa?
Um dos grandes dilemas que a madrasta encontra é como dirigir a casa, sem entrar em atrito com o enteado. A primeira coisa a observar é que o pai não deve tirar a autoridade da madrasta perante a (as) criança (s). Ela deve sim corrigir o enteado sempre que for necessário. Repreender atitudes erradas, orientar, faz parte da atuação da madrasta. Ela não deve se sentir constrangida, por ter que tomar em algumas vezes atitudes ou decisões, que não agradem ao enteado. A madrasta não deve pensar que precisa fazer o papel de boazinha o tempo todo. Por exemplo, ela não tem que aceitar que o enteado coloque os pés sobre o sofá da sala ou que suje tudo o que ela acabou de limpar. Ela pode muito bem, como todas as pessoas, fazer a chata de vez em quando. É muito importante, a conquista do espaço. Mas, que ela seja feita com respeito. E, principalmente mantendo um clima harmonioso dentro de casa.
Situações nem Sempre Confortáveis
O mais importante ao assumir um relacionamento com alguém que já tem um filho, é saber que terá lidar com uma situação bastante complexa onde a palavra chave é paciência.
Pra começar, muitas vezes, o primeiro obstáculo a ser vencido é a rejeição do enteado. Pra vencê-lo, muitas vezes a madrasta (ou padrasto) comete o erro de tentar ser igual à mãe (ou pai) do enteado. E, com isso acaba desagradando o marido (ou esposa).
Outro obstáculo encontrado é o ciúme entre filho (as) com mãe ou pai. Não leve isso como uma forma de disputa de atenção, essa demonstração dos filhos é natural.
Algumas vezes, a madrasta precisa lidar com a raiva e o ciúme da mãe do enteado. Quando ocorre essa situação, torna-se muito mais difícil a relação entre a madrasta e o enteado, porque os filhos ficam ao lado das mães.
Construindo Laços Afetivos
Construir laços afetivos quando as pessoas envolvidas estão dispostas a isso, não é tão difícil quanto parece. Para a madrasta no entanto, é algo que precisa de paciência, disponibilidade, e sobretudo respeito.
Paciência
Quando a criança compara tudo que a madrasta faz com o que a mãe faz e, lógico dizendo que o que a mãe faz é melhor.
Se ela diz que a mãe cozinha melhor, O sensato é não aceitar provocação. Dizer que gostaria muito de aprender umas receitas novas e sugerir à criança que peça algumas à sua mãe. Se demonstrar sinceridade na proposta, pode ser um ponto ganho.
Não levar como ofensa pessoal se o enteado comparar as suas atitudes, gostos, modo de se vestir, etc., com os de sua mãe. Geralmente, após algum tempo esses contratempos param de acontecer.
Disponibilidade
Interessar-se pela vida escolar do enteado. Oferecer ajuda, nas tarefas escolares sempre que for possível. Procurar saber o que ele gosta de fazer e, organizar alguma atividade onde ele possa convidar amigos e namorado(a).
Respeito
Mesmo que a madrasta não tenha uma relação muito boa com a ex-mulher do marido, não deve esquecer que ela é a mãe do enteado e, jamais falar mal dela com a criança escutando.
No caso de ter uma boa relação com a mãe do enteado, participe junto com a mãe, de comemorações escolares e de outros eventos familiares. Desde que seja convidada pela própria mãe da criança ou pela criança a pedido de sua mãe. É necessário saber que o espaço da mãe biológica deve ser sempre preservado.
Observação importante: mesmo que alguns pais ainda batam em seus filhos, o que não certo, jamais bater em um enteado.