Uma cerimônia cristã de casamento invariavelmente termina com a frase “até que a morte os separe”. Isso deixa os casais com o pesado dever de manter uma relação por toda uma vida onde a morte que não é um domínio nosso se torna a responsável pelo termino dessa relação. “Entretanto de acordo com outros estilos de união há muitos jovens que ao se casarem levam desde o começo a idéia de que “se não der certo a gente se separa e pronto” com isso o limite da relação fica por conta do acaso onde tudo vai depender de dar ou não certo.
Analise da Primeira Condição
Em ambas as situações não podem deixar de pensar que a responsabilidade pelo casamento não está devidamente determinada com quem deveria. No caso de até que a morte os separe parece que não há muito que fazer uma vez que o limite está além do que possamos ou não suportar. Uma relação a dois é algo muito difícil e complicado na medida em que determina ter de ceder, de se ajustar, de abrir mão de coisas que gosta, enfim implica em renuncia em prol de algo que deve ser maior e mais gratificante, porém tudo isso depende da capacidade de cada um e dos próprios limites. Até onde renunciar? Até onde se pode tolerar? Quando desistir? Essas são medidas individuais e que não podem ter um limite único e principalmente tão impactante como a morte.
Se não der Certo
A discrepância entre um pacto e outro me parece muito grande, se por um lado aquele limita a relação com a morte de um dos cônjuges fica implícito que tudo deve ser suportado, na segunda hipótese que é a de “se não der certo” o limite parece estreito demais onde fica implícita certa negligencia, ou seja, ao primeiro contratempo é só fazer as malas e voltar atrás. Esse limite parece sinalizar que a primeira dificuldade ou contratempo não é preciso se desgastar, a solução é buscar logo a separação. Não existe aí a menor preocupação com a recuperação da relação, não há a disposição para qualquer tipo de renuncia em prol da manutenção do casamento. Se a relação não corresponde de imediato ao que foi sonhado, a separação é o caminho mais fácil.
A Responsabilidade Foge de nossas Mãos
A verdade é que idéias confusas a respeito do casamento vêm de tempos muito antigos, pois estes já diziam que quem pensa não casa. Por outro lado nossas avós tinham por hábito sempre que uma criança se machucava vir com o ditado “quando casar sara” e lá ficava a pobre criança imaginando quanto tempo teria de esperar para passar aquela dor. Entretanto independente dos movimentos contra o casamento conservador, hoje muitos casais até mesmo gays buscam no casamento o mesmo romantismo dos tempos passados, o que é deveras intrigante.