Apesar das divergências e do preconceito, que no Brasil é infelizmente muito comum, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é respaldado por lei, portanto, deve ser respeito e celebrado.
Poder celebrar o amor com alguém especial é algo que a maioria das pessoas sonham, e quando essa pessoa possui uma orientação sexual diferente da heterossexualidade, em muitos locais a celebração desse amor se torna proibida, e nos locais em que ela é legal, muitas vezes é rondada de preconceitos.
Mas isso não deve impedir ninguém de realizar seus sonhos, o casamento entre pessoas do mesmo sexo infelizmente não pode ser feito em uma cerimônia religiosa, mas o casamento civil está previsto em lei.
Vamos conhecer um pouco da história do casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o mundo, e com ênfase das decisões no Brasil, além de falar um pouco sobre a relação do casamento gay e religião, principalmente o cristianismo, que é o mais seguido em nosso país.
Casamento Gay No Mundo
O casamento entre pessoas do mesmo sexo também pode ser chamado de casamento gay, casamento homossexual, casamento homoafetivo e casamento igualitário, sendo esse último o termo usado entre os defensores do reconhecimento legal do casamento gay.
O casamento gay passou a ter reconhecimento legal no mundo a partir do século XXI, sendo que os Países Baixos foram os primeiros a aprovarem essa prática. Confira a lista completa abaixo, com as datas das aprovações:
- Países Baixos – aprovado no dia 01 do mês de abril do ano de 2001.
- Bélgica – aprovado no dia 01 do mês de junho do ano de 2003.
- Espanha – aprovado no dia 03 do mês de julho do ano de 2005.
- Canadá – aprovado no dia 20 do mês de julho do ano de 2005.
- África do Sul – aprovado no dia 30 do mês de novembro do ano de 2006.
- Noruega – aprovado no dia 01 do mês de janeiro do ano de 2009.
- Suécia – aprovado no dia 01 do mês de maio do ano de 2009.
- Portugal – aprovado no dia 05 do mês de julho do ano de 2010.
- Islândia – aprovado no dia 27 do mês de junho do ano de 2010.
- Argentina – aprovado no dia 19 do mês de agosto do ano de 2010.
- Dinamarca – aprovado no dia 15 do mês de junho do ano de 2012.
- Brasil – aprovado no dia 16 do mês de maio do ano de 2013.
- França – aprovado no dia 18 do mês de maio do ano de 2013.
- Uruguai – aprovado no dia 05 do mês de agosto do ano de 2013.
- Nova Zelândia – aprovado no dia 19 do mês de agosto do ano de 2014.
- Inglaterra – aprovado no dia 13 do mês de março do ano de 2014.
- País de Gales – aprovado no dia 13 do mês de março do ano de 2014.
- Escócia – aprovado no dia 16 do mês de dezembro do ano de 2014.
- Luxemburgo – aprovado no dia 01 do mês de janeiro do ano de 2015.
- Estados Unidos – aprovado no dia 26 do mês de junho do ano de 2015.
- Irlanda – aprovado no dia 16 do mês de novembro do ano de 2015.
- Colômbia – aprovado no dia 28 do mês de abril do ano de 2016.
- Finlândia – aprovado no dia 01 do mês de março do ano de 2017.
- Malta – aprovado no dia 01 do mês de setembro do ano de 2017.
- Alemanha – aprovado no dia 01 do mês de outubro do ano de 2017.
- Austrália – aprovado no dia 09 do mês de dezembro do ano de 2017.
- Áustria – aprovado no dia 01 do mês de janeiro do ano de 2019.
- Taiwan – aprovado no dia 24 do mês de maio do ano de 2019.
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Além dos países que tem aprovação do casamento homoafetivo em todo seu território, há também territórios e dependências onde o casamento é permitido, sendo eles: Ilhas Cayman, Jersey e Bermudas, Aldernety, Ilhas Feroe, Guernsey, Ilhas Malvinas, Santa Helena, Gibraltar, Território Antártico Britânico, Ilhas Pitcairn, Guam, Porto Rico, Ilha Virgens Americanas, Ilhas Marianas do Norte, Território Britânico do Oceano Índico, Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, Acrotíro e Deceleia, Saint-Pierre, São Martinho e Miquelon, Martinica, Guiana Francesa, Guadalupe, Antárticas Francesas, Terras Austrais, Reunião, Mayotte. No México o casamento é reconhecido em todo território mexicano, porém, somente realizados na Cidade do México e em alguns outros estados.
Em alguns países a união entre os casais do mesmo sexo se assemelha ao que antes eram chamados de parcerias registradas ou uniões civis, diante da lei, tais atos funcionam tal qual o casamento civil.
O reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo vai muito além das questões jurídicas, envolvendo direitos civis e sociais, além da política, da moral e da religião. Apesar de hoje em dia haverem muitas pessoas a favor, a contrariedade a esse tipo de casamento existe em peso, em praticamente qualquer canto do mundo.
As discussões a cerca do casamento homoafetivo – se ele é certo ou não – são recorrentes até mesmo entre os países onde esse já é permitido. Muitas pessoas levam isso para o lado religioso, acreditando ser algo que contraria a vontade de seu Deus, outras veem apenas com a visão do amor, e acreditam que qualquer celebração do amor é válida, sendo esse amor vivido por pessoas de sexo diferente ou de sexo iguais. Para outros, é uma simples questão de direitos, e como qualquer contribuinte de impostos e residente do país em questão, essa pessoa tem o direito a tudo que qualquer outro residente do país tenha, como por exemplo, o casamento.
Mas uma coisa é certa, desde a primeira aprovação, no ano de 2001, vários países tem evoluído e resguardado os direitos das pessoas homossexuais. A partir da lista que foi apresentada acima podemos ver como tem sido algo crescente, e espera-se que a cada ano que passe, novos países entrem para essa lista.
Portanto, se você é gay e já encontrou o grande amor da sua vida, saiba que muitos locais do mundo te apoiam e querem ver você feliz, além de proteger todos os seus direitos. Se você já sonhou em se casar fora do Brasil, existem vários países que celebrariam essa união em suas dependências.
Casamento Entre Pessoas Do Mesmo Sexo No Brasil
Reconhecer a união entre pessoas do mesmo sexo é reconhecer tais como entidade familiar, e isso ocorre no Brasil desde o dia 05 do mês de maio do ano de 2011, quando foi aprovada no país pelo Supremo Tribunal Federal a união estável homoafetiva com todos os direitos que são concedidos quando ela é realizada por uma mulher e um homem. A conversão da união estável em casamento ocorreu algum tempo depois, no dia 15 do mês de maio do ano de 2013.
Casamento Gay no Brasil
Após 2011 as uniões entre pessoas do mesmo sexo passaram a utilizar das disposições dos princípios constitucionais, sendo que essa oferecia aos parceiros direitos e deveres bem semelhantes ao do casamento, como, por exemplo, a adoção, além de herança fiscal, pensões, imposto de renda, seguro social, benefícios de saúde, propriedade conjunta, imigração, visitas em hospitais e na prisão, além da possibilidade de usar barriga de aluguel e fertilização in vitro. Possuindo todos esses direitos, foi estabelecida uma base jurídica para uma futura legislação acerca da união entre pessoas do mesmo sexo.
O Caminho Até a Aprovação
A discussão ganhou maior relevância no Brasil a partir do ano de 1995, quando Marta Suplicy apresentou um projeto de lei para regulamentar essa união, mas esse projeto nunca foi aprovado na Câmara dos Deputados, sendo que foi substituído por um novo projeto proposto por Roberto Jefferson, no ano de 2001.
Momento em que o Casamento Gay é Aprovado na CCJ do Senado
Em 2002 cartórios do município de São Paulo passaram a ser obrigados a registrarem os contatos de união civil. No ano de 2004 o estado do Rio Grande do Sul determinou, após a publicação de uma norma administrativa, que os cartórios de Títulos e Documentos registrassem a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Já no Piauí a Corregedoria Geral da Justiça, no ano de 2008, também criou uma norma similar. Tais medidas não feriam a legislação nacional, somente tornava pública a união entre pessoas do mesmo sexo, sendo os benefícios do INSS um direito que eles passaram a possuir, porém não tinham direito a herança ou outros direitos que envolvam terceiros.
No ano de 2007 foi convocado pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira Conferência Nacional LGBT, em comemoração a 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Ex-Presidente Lula na Conferência Nacional LGBT
Essa Conferência foi aberta oficial no dia 05 do mês de junho do ano seguinte, pelo Presidente Lula e também por sua esposa, a atual primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva. A conferência discutiu diversos temas acerca dos direitos LGBT, sendo a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo um deles. O presidente sempre teve parecer favorável ao reconhecimento desse direito.
Julgamentos no Supremo Tribunal Federal
No ano de 2000 a Justiça Federal obrigou o INSS a pagar pensão também aos companheiros homossexuais, sendo que o INSS apresentou um pedido de suspensão dessa medida, já que isso poderia trazer baixas nos cofres públicos. A questão foi analisada pelo presidente do Tribunal, sendo que a pessoa que representava esse cargo se modificou ao longo da ocorrência da análise da ação. No ano de 2003 o pedido do INSS foi indeferido, por Marco Aurélio de Mello, que era o Presidente do STF na época, apontando que tal obrigação havia sido devidamente fundamentada, e não podendo haver uma interpretação respaldada por preconceito.
Marco Aurélio de Mello
No ano de 2004 a Ação Direta de Inconstitucionalidade (cuja sigla é ADI) questionou uma lei que tratava do reconhecimento da entidade familiar, sendo essa a partir da convivência duradoura, contínua e pública entre um homem e uma mulher, acreditando que tal estaria contra o princípio da igualdade já que não incluía casais homossexuais. A ação foi arquivada um tempo depois, devido ao fato de que a lei já havia sido regulamentada por um artigo do Código Civil que estava em vigor desde o ano de 2003.
Um dos maiores julgamentos do Supremo Tribunal Federal acerca do assunto ocorreu no ano de 2009, quando o então governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, propôs a Arguição do Descumprimento de Preceito Fundamental, onde pedia que as uniões entre casais homossexuais, se equiparassem a união estável, e, dessa forma, evitasse a discriminação em relação a esse tipo de união.
Ex-Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho
O então Presidente do Tribunal, Gilmar Mendes, fez com que o julgamento ocorresse de forma rápida, e ficou acordado, com o Advogado Geral da União que o pedido iria ser atendido em parte. Como foi apresentado por um Governador de um Estado brasileiro, esse não poderia atingir a população de todo território nacional.
Logo Deborah Duprat, que era Procuradora Geral da República na época, entrou com uma ação da mesma natureza, e o julgamento no plenário teve início no dia 04 do mês de maio do ano de 2011, correndo junto com o proposto pelo Governador do Rio. No caso, o relator considerou as ações procedentes, e então a união homoafetiva foi equiparada as uniões heterossexuais, além do voto do relator, houve unanimidade dos demais ministros que votariam.
Deborah Duprat, Procuradora Geral da República na Época
Esse foi um grande passo para a sociedade Brasileira, os ministros declararam que não havia razões para impedir as uniões entre pessoas do mesmo sexo, considerando légitimas as escolhas pessoais, que são constitucionalmente defendidas por serem livres, devendo essas ser entendidas como válidas. Reconhecer esse direito era de alguma forma responder as pessoas que sofrem preconceitos e humilhações diárias, tendo durante tempos seus direitos ignorados. No total foram 10 ministros votantes, todos a favor.
O Supremo Tribunal Federal é o orgão que se encontra no topo da cadeia hierarquica do poder judiciário do Brasil, sendo assim, todos os outros órgãos vinculados a ele deviam respeitar tal decisão.
Da União Estável Para O Casamento
Da União Estável Para O Casamento
Após a união estável ser reconhecida para casais homoafetivos, aqueles que a realizavam começaram a ingressar com o pedido judicial para que essa união fosse convertida em casamento.
O primeiro caso ocorreu no dia 28 do mês de junho do ano de 2011, no interior de São Paulo, mais precisamente no município de Jacareí, quando dois homens converteram a sua união estável em casamento. Ainda no mesmo dia, duas mulheres converteram a sua união estável em casamento na cidade de Brasília.
No dia 25 do mês de outubro de ano de 2011, no Superior Tribunal de Justiça, foi reconhecida o conversão da união estável em casamento pela quarta turma, havendo um voto contrário, de um ministro que acreditava que tal decisão deveria ser tomada pelo Supremo Tribunal Federal.
Somente no dia 15 do mês de maio do ano de 2013 é que foi aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça uma nova resolução, que obrigava os cartórios do Brasil a celebrar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, além da possibilidade de converter aqueles que já estavam em união estável. Dessa forma foram removidos os possíveis obstáculos para a efetivação do casamento, que poderiam ter permanecido após a decisão tomada no ano de 2011.
O Casamento Entre Pessoas Do Mesmo Sexo Em Estados Brasileiros
No Alagoas, no dia 6 do mês de janeiro do ano de 2012 foi reconhecido um casamento homossexual, o juiz da região decidiu que casamentos do mesmo sexo também seriam realizados, além das uniões civis. Essa decisão fez com o estado do Alagoas fosse o primeiro do Brasil a conceder o casamento a casais homossexuais. O primeiro casal a se casar após esse decisão já viviam juntos a quase 25 anos, e puderam celebrar a sua união perante a lei.
O Corregedor Geral da Justiça do estado de Sergipe publicou um Provimento que autorizava e regrava o casamento civil entre homossexuais no dia 05 do mês de julho do ano de 2012.
O mesmo ocorreu na Bahia no dia 10 do mês de outubro do ano de 2012, nesse caso sendo o Tribunal da Justiça da Bahia a publicar um Provimento Conjunto, adequando suas disposições a redação dada em uma Emenda Constitucional.
O Estado do Ceará foi o oitavo estado a converter uma união estável em casamento civil, por volta do início do mês de março do ano de 2013, quando o corregedor geral da Justiça determinou que isso era obrigatório nos cartórios caso fosse desejo dos casais.
Em Minas Gerais o primeiro casamento ocorreu no dia 22 do mês de março do ano de 2012, quando o Juiz de Direito da cidade de Manhuaçu determinou que a união estável pudesse ser convertida em casamento, e que tal decisão acompanhava o posicionamento do STF.
Após uma manifestação da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais do Brasil, a Corregedoria Geral da Justiça de Santa Catarina autorizou a fomalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Já em São Paulo a regulamentação ocorreu no dia 18 do mês de dezembro do ano de 2012, feita pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, com isso, os casais homossexuais que quisessem regulamentar o casamento não precisavam recorrer a Justiça. Após 2013, quando a regulamentação ocorreu em todo o Brasil, somente no primeiro ano foram realizados 701 casamentos homoafetivos no Estado.
A Religião Católica E O Casamento Entre Pessoas Do Mesmo Sexo
O catolicismo, religião mais influente no Brasil e também na maior parte do mundo, interpreta como errada as relações homoafetivas, havendo diversas passagens na Bíblia Sagrada que falam sobre atos homossexuais, como em Gênesis, que fala a respeito da cidade de Somoda, nas cartas de São Paulo e também em Levítico.
Durante toda a história que envolve a Igreja Católica ela se posicionou de forma explicita contrária a homossexualidade, condenando a prática. O Vaticano, e a maioria dos padres, ao longo de muitos anos rejeitaram a homossexualidade e a abominaram, mas alguns padres pregam a ideia de que os casais de pessoas do mesmo sexo possam se unir, mas sem a prática de atos sexuais, mas no geral esses padres não podem expor essa opinião, pois poderiam ser punidos pelo próprio Vaticano.
Alguns teólogos e historiadores acreditam que pode ter havido má interpretação dos termos encontrados na bíblia, e talvez a homossexualidade citada nela não seja o que conhecemos nos dias dehoje. De qualquer forma, a orientação da igreja católica é de que as pessoas homossexuais pratiquem a castidade, e que esse desejo seria algo como uma provação para os fiéis.
O Atual Papa Sobre Casamento Gay
Na exortação apostólica chamada “Amoris Laetitia” publicada no ano de 2016, o Papa Francisco, atual líder católico, pediu a todos os fiéis que tivessem respeito pelos casais homossexuais, mas fez um adento, onde falou que o casamento entre eles não é algo que se encontra nos planos de Deus. Ele aponta que devem ser evitados quaisquer atos discrimitórios, principalmente os que incitem a violência.
Apesar do respeito, ele não considera que o casamento gay possa ser equiparado ao casamento de uma família tradicional. Apontando que somente a união entre homem e mulher é que possui uma função social plena, onde se desenvolve um desempenho e também há a possibilidade de fecundidade.
Agora que já sabemos os posicionamentos a cerca do casamento entre pessoas do mesmo sexo, e sua história e desenvolvimento em nosso país, podemos conferir como planejar um casamento homoafetivo, com algumas dicas para esse se tornar um dia ainda mais especial em sua vida.
Como Planejar Um Casamento Entre Pessoas Do Mesmo Sexo
Apesar de ser algo respaldado por lei, ainda há muita gente que não gosta da ideia do casamento entre pessoas do mesmo sexo, apesar disso, o enlace tem se tornado algo cada vez mais comum, fazendo com que até aquelas pessoas mais mente fechada comecem aceitar o casamento homoafetivo.
Apesar de haver pessoas contrárias, isso não deve abalar casal nenhum que deseja realizar seu casamento.
A Preparação Da Papelada Para Oficializar a União
Como foi falado, no Brasil, a partir de 2013, ficou proibido que tabeliães e juízes se recusassem a registrar a união civil entre um casal do mesmo sexo. Além disso, a papelada para a realização de tal procedimento é exatamente a mesma a pedida aos casais heterossexuais.
Para a realização é preciso ir até o cartório de sua cidade pelo menos 30 dias antes da data em que eles desejam oficializar a sua união. Junto do casal é preciso que haja duas testemunhas, uma de cada um deles, ambas as testemunhas precisam ter mais de 21 anos.
Então eles realizaram o pedido de habilitação. Para realizar o pedido de habilitação é preciso estar portando os documentos:
- RG;
- CPF;
- Certidão de Estado Civil, podendo ser: Certidão de nascimento para os que nunca se casaram, certidão de casamento atualizada com a averbação do divórcio, ou certidão de casamento junto da certidão de óbito do antigo cônjuge.
Após a primeira ida ao cartório serão entregues formulários, para que possam se preenchidos com informações adicionais, como as dos padrinhos, e após esse preenchimento é possível marcar a data da oficialização da união, juntamente do horário escolhido.
Quem É O Celebrante?
Celebrante de Casamento Gay
Assim como em qualquer casamento, há várias opções para celebrantes, no cartório geralmente há um juiz de paz, sendo ele o oficiante no local, mas até mesmo lá, você pode convidar outras pessoas.
Se você vai fazer uma cerimônia além do cartório, em outro local, você pode pedir para o juiz de paz ir até o local, ou ainda para alguém especial na vida de vocês para falar algumas palavras. Dependendo da sua religião, o líder da sua igreja também pode ir até o local e dar uma benção. Você pode pesquisar também diversos celebrantes na internet.
E Os Padrinhos?
Assim como qualquer outro casamento, os seus amigos e familiares mais próximos podem ser seus padrinhos. No cartório é preciso que haja 2 padrinhos para cada integrante do casal, sendo que esses padrinhos serão as testemunha, que assinam o documento do casamento. Mas para além disso, é possível ter padrinhos que ficam somente no altar, e estão ali para representar a amizade e carinho que tem por vocês.
Como É a Cerimônia?
A cerimônia de casamento é um ritual obrigatório para que um casamento se torne oficial. Há um esquema básico para todas as cerimônias, mas é possível personalizar tudo de acordo com o desejo do casal.
O celebrante irá dizer algumas palavras iniciais, depois irá falar sobre apoio ao compromisso que está ali sendo selado, se for alguém mais intimo da família, irá falar sobre o relacionamento dos dois, o desenrolar dessa história.
Pode haver um momento para se falar os votos, nessa parte, cada um pode escrever o seu, adaptando poemas, versos religiosos, ou canções que façam lembrar a história vivida pelo casal. Também é possível escrever simplesmente o que deseja, com as palavras que vem do seu coração, deixando o momento ainda mais íntimo e especial.
Alguns casais homossexuais optam por usar as alianças na mão direita, isso por que, o tradicional é se usar os anéis de casamento na mão esquerda, e como eles estão “fugindo” um pouco do tradicional, acabam fazendo essa adaptação. Mas isso é uma escolha única do casal, sendo que devem escolher o que acharem mais confortáveis.
Após os votos o celebrante também falará algumas palavras, pode ser sobre questões como companheirismo, amor entre eles, amizade do casal, ou ainda pode fazer um pequeno discurso relacionando tudo isso a questões homoafetivas, sendo novamente essa uma escolha a ser tomada pelo casal. O encerramento é feito com o pronunciamento do casamento, onde se anuncia que eles agora são um casal, e depois disso, finaliza tudo com um beijo do casal.
Algumas Ideias Para a Cerimônia Do Casamento Entre Pessoas Do Mesmo Sexo
Apesar de ser um casamento comum, podem surgir algumas dúvidas sobre como realizar o casamento homoafetivo, vamos conferir algumas dicas abaixo que podem te ajudar na hora de tomar as suas decisões.
Estilo E Onde Realizar a Cerimônia
O casamento deve ser realizado em um local que agrade o casal, podendo ser um lugar em que eles passaram por algo e traga alguma lembrança afetiva, a casa de um ente querido ou amigo, um restaurante da cidade, um pub que eles frequentam, enfim, varia muito pelo estilo do casal e a forma em que eles querem celebrar o seu grande dia.
Com o estilo do casamento é a mesma coisa, o casal pode pesquisar ideias de casamento na internet e seguir um modelo, ou ainda buscar coisas que eles gostem. Em relação ao estilo há muita variação tanto pelo gosto, como pelo orçamento do casal.
Cerimonia de Casamento Gay
As cerimônias ao ar livre são lindas, resultam em belas fotos, e podem ser bem caras ou extremamente baratas. Vocês podem decidir casar no jardim na casa de algum conhecido, economizando com aluguel, ou em uma praia ou pousada no campo. Esse tipo de casamento possui o estilo rústico, sendo um estilo em que pode variar bastante com a decoração, que também pode ser planejada para ser bem barata, com várias coisas que o próprio casal pode criar e transformar em decoração.
Os casais mais modernos podem escolher um salão e buscar uma decoração nesse estilo, além disso, ela pode ser romântica, temática, e até mesmo bem tradicional.
Quem Vai Esperar No Altar?
Homem Esperando seu Parceiro no Altar
Talvez essa seja a principal duvida dos casais homossexuais, já que nos casamentos normais a entrada da noiva é algo muito esperado, e como é um casamento diferente dos tradicionais, escolher qual seria a “noiva” dessa entrada.
Há algumas possibilidades: a primeira é que o casal entre em um consenso, onde se escolhe um para estar ao altar e outro para fazer a famosa entrada, nessa entrada à pessoa que estiver caminhando até o altar chama alguém para lhe acompanhar, geralmente o pai ou mãe, ou alguém que sempre apoiou essa união.
A outra opção é a mais comum, e é quando o casal entra juntos de mão dada, esse tipo de entrada é bem emocionante e bonita, e vai arrancar suspiros de todos os presentes. Se o casal escolher entrar assim, deve procurar uma música bem romântica e que simbolize o seu amor.
Para entrada das alianças, o comum é que seja uma criança, como sobrinhos, mas também pode ser feita, por exemplo, por animal de estimação do casal.
E a Roupa Do Casal?
A possibilidade de se vestirem iguais é bem legal, e pode causar até bastante impacto nos convidados, principalmente se o casal for entrar junto. Mas isso pode ser ruim, já que um precisará ceder aos gostos do outro, e a roupa pode acabar agradando uma das partes mais que a outra.
Por isso, dependendo do estilo do casal, o mais legal é cada um ir com seu estilo mesmo. Para os homens usar terno é o mais comum, e as mulheres podem escolher vários estilos de vestido branco, combinando com o estilo da cerimônia escolhido.
Como É O Convite?
O convite não possui muita diferença, mas cada casal pode deixar ele especial da sua forma. Qualquer convidado gosta de se sentir especial sendo convidado para um casamento, e isso não deve ser diferente no casamento gay. O casal pode usar de humor nos convites, se eles seguirem esse estilo, ou também ser algo formal com um toque especial.
Modelo de Convite de Casamento Gay
Além disso, não se pode esquecer-se das informações essenciais que um convite deve ter: data, horário e local da festa, e também a vestimenta que deve ser usada.
Para os casais modernos, uma ideia boa é criar um convite online, que pode ser personalizado, contendo um vídeo ou um áudio. Isso pode ser enviado pelas redes socais dos convidados.
Quem Deve Ser Convidado?
Essa é uma pergunta com resposta bem simples, convide aqueles que aceitam e apoiam a união de vocês. Pessoas que estiveram com o casal durante a história da relação. Exclua pessoas que possam não ficar confortável com o casamento, para não afetar as boas energias do ambiente, onde deve haver apenas celebração do amor.
Para além, é preciso ter noção do orçamento, e calcular quantas pessoas é possível convidar.
Convidados de Casamento Gay
Como Deve Ser a Recepção?
A recepção pode variar da mais tradicional, como um jantar com aperitivos e danças, ou ainda uma festa mais informal, como um churrasco, um restaurante com comida volante. É importante definir o horário que vocês desejam se casar e a partir de então definir qual vai ser o estilo de recepção escolhido. Os limites principais são o desejo do casal, e também o orçamento.
Lista De Presentes E Lua De Mel
Exemplo de uma Lista De Presentes
Assim como qualquer casal recém-casado, os noivos merecem presentes! Algumas pessoas deixam essa parte em aberto, e então os convidados levam o que desejarem, outros já preferem fazer uma lista.
Alguns sites online tem um problema na hora do cadastro para lista de presentes, pois geralmente há espaço para o nome de um noivo e uma noiva, e então pode não ser possível fazer esse cadastro online. Mas nas lojas físicas o cadastro irá ocorrer normalmente. Há sites que possibilitam a transferência de dinheiro e cotas para viagens como presente o que já poderá ajudar na parte da lua de mel.
Para os casais que sempre sonharam em fazer uma viagem de lua de mel, há muitas opções. Ela pode ser feita tanto na data próxima ao casamento como um tempo depois. Fora do Brasil, nos países onde há casamentos homossexuais legais, é bem comum que eles ocorreram, então provavelmente não haverá dificuldades para que as necessidades sejam atendidas.
Para os casais que pretendem fazer viagens internacionais, locais como Buenos Aires, Paris, Punta Cana, Itália, Nova York, Ilhas Maldivas, dentre muito outros, são muitos românticos e belos de se visitar.
Para os casais que pretendem fazer uma viagem dentro do país, há opções como Fernando de Noronha, Búzios, Angra dos Reis, Lençóis Maranhenses, Maceió, e diversos outros, que são ideias para serem visitados.
