Você já amou tão fortemente uma pessoa que jamais perguntou até qual o prato preferido dela? Jamais viu defeitos no ser amado e imaginou o quanto a vida seria bela ao seu lado? Se sim, você já teve um amor platônico. Este amor puro, sem maldades, sem toques e sem enxergar defeito, é considerada a forma mais pura e mais sincera de amar.
O Que é o Amor Platônico?
A melhor maneira de se definir o amor platônico é que o objeto de amor não está a seu lado. É um amor a distância, por assim dizer. É quando uma pessoa ama outra de forma tão intensa que não consegue conceber seus defeitos, apenas suas qualidades e sua forma de ver a vida.
Algumas pessoas chamam o amor platônico como não correspondido. Na prática, é isso mesmo, mas na essência é um pouco mais que isso. As pessoas que possuem este tipo de amor em seu coração não estão próximas do objeto de desejo de fato, mas podem também ser o objeto de desejo de outra pessoa e não saber. Caso venha a acontecer este tipo de caso deixa de ser um amor platônico para se tornar um amor real, um relacionamento.
O termo ‘amor platônico’ usado atualmente é mais antigo do que você pode imaginar. Segundo a história nos conta, foram os gregos os primeiros a dar a definição de um amor platônico com o termo “Amor platonicus” no século XV. Talvez o criador do termo, o filósofo Marsilio Ficino, tenha sido a primeira pessoa no mundo a tentar definir este sentimento, porque sentir é bem mais antigo que isso. O amor platônico deve ter surgido desde os primeiros casais, quando alguém amou uma pessoa que não podia ter e tão distante que virou platônico.
O termo platônico veio mesmo do filósofo Platão que certa vez disse que amava seus filósofos e seus pensamentos de uma forma perfeita, seguindo sua teoria do mundo das ideias. O termo ganhou popularidade e vou sendo traduzindo de idioma a idioma, até chegar no português brasileiro.
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As Crianças Sentem Primeiro o Amor Platônico
É quando criança que surgem as primeiras paixões platônicas. Quem nunca amou uma professora ou uma colega de classe e sonhou que iria casar com ela? Quem nunca pensou em casar com a vizinha do lado e ser feliz pelo resto da vida? Pois isso é um amor platônico e muitos casais passaram por isso. Costuma ser direcionado a um ser que nos assemelha a perfeição como pais, professores e amigos mais próximos.
Quando criança a ideia de amor é a mais pura possível. Queremos ter o simbolo familiar que já temos até então, com filhos e amar e respeitar. Os atos são simples para demonstrar afeto como dividir um lanche na escola, guardar um pedaço de bolo ou apenas mostrar um desenho feito. São atos pequenos mas nem por isso de importância pequena, porque são as primeiras formas de amor já vistas.
O Amor Platônico e o Desejo
Uma das principais características do amor platônico é ser intrinsecamente ligado ao desejo. Esta ligação acontece de uma forma tão brutal que no coração dos amantes chega a doer. Isso porque nesta forma de amor não existe toque, apenas um desejo, um carinho e afeto pelo outro amando a perfeição mas sem toque. É um amor solitário mas perfeito e por isso os amantes costumam cultivar seu desejo.
O maior exemplo são os romances escritos pelos poetas românticos. Estes, em sua maior parte, estão ligados ao amor platônico e o objeto de desejo está distante, mas é inspiração para diversos romances no mundo. Um belo exemplo são os poemas de amor platônico pelo Brasil dos poetas Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias. Nas obras de tais autores temos elogios rasgados e muito superiores ao que o Brasil é de fato, por isso dizemos que é um amor platônico.
Os românticos mais poéticos e rasgados fazem parte da segunda geração romântica brasileira, que de tanto amar seu objeto de desejo não concebiam um amor sem sua amada e queriam morrer. Lord Byron era um desses poetas, que tentou a todo custo contrair tuberculose(e conseguiu) porque não podia estar com sua amada. Quanto amor, não? Com mais ou menos intensidade, esta é uma das formas do amor platônico.
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Saindo do Smor Platônico e Indo Para o Real
Saindo da literatura e indo para o mundo real, o amor platônico existe em dosagens menores que os filmes. Muitas pessoas sofrem por estarem amando platonicamente e se sentem pequenas porque não conseguem o seu objeto de desejo. Só existe uma solução para este caso: sair do amor irreal e ir para o amor real.
É possível sim tornar uma realidade o amor de desejo como o platônico, e não é difícil. O primeiro passo é entrar em contato com o objeto da sua paixão. Você precisa ir conversar com ele, tentar uma aproximação e usar todo o seu romantismo para uma boa paquera. Mulheres e homens também adoram uma boa tática de conquista. Adoram sentir-se desejado e quando sabem que estão sendo admirados, tudo fica melhor.
O segredo é uma boa conquista e deixar o outro saber que está sendo objeto de desejo. Caso leve um não, dá para continuar vivendo no amor platônico, pois estes tendem a ser mais passageiros hoje em dia. Nada que leve a morte como na vida do poeta Lord Byron. Na maior parte das vezes ele vai sozinho com pequenas decepções.
No Amor Real, Seu Amor Platônico Pode Decepcionar
Para esquecer um amor platônico, as vezes, não é preciso nem um esforço, basta conhecer a pessoa mais de perto. Isso porque em muitos casos as pessoas envolvidas com este forte sentimento platônico tendem a idealizar o outro e acabam por ver a outra parte com maior grau de perfeição que ela realmente merece.
Infelizmente a realidade pode ser cruel e o que parecia ser perfeito, mais de perto e depois de uma semana de namoro, pode ser insuportável. É comum e infelizmente machuca um pouco. A boa notícia é que são cada vez mais raros a morte por amor hoje em dia. Como diz um grande ditado popular, “decepção não mata mas ensina a viver”.