As Fases da Paixão

Um coração atravessado ou não por uma flecha, a figura do cupido, deus alado da mitologia grega, são algumas das coisas que nos fazem lembrar quase que imediatamente o amor, a paixão. E isso é bem interessante, porque apesar de sabermos que o responsável pelas sensações que percebemos e que sentimos é na verdade o cérebro. Porém, quem leva a fama boa ou ruim, em se tratando de amor e paixão é o coração.

No caso do amor e da paixão, por exemplo, a figura do cupido com a flecha é associada ao coração, mas na verdade aquela flecha quando é disparada atinge diretamente o cérebro e o impacto é tão forte que as reações chegam ao coração.

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Portanto, se você sente as pernas bambas, suores pelo corpo, mãos frias e solta suspiros quando vê ou pensa em uma determinada pessoa, o diagnóstico é bem simples. Você pode ter certeza que foi flechado (a) pelo cupido e está sofrendo de uma coisa chamada paixão. Muita gente definiria paixão como uma doença, mas isso depende do ponto de vista de cada um.

A Paixão tem Fases e Prazo de Validade

O efeito que a paixão causa em uma pessoa tem um determinado tempo de duração. Por isso é que se diz que ela tem prazo de validade. Há várias pesquisas e cada uma delas cita um prazo diferente, mas nenhuma cita um prazo maior do que dois anos para ela passar. Quando ela passa naturalmente, não dura mais do que alguns meses. Porém, em alguns casos, quando ocorrem intensas alterações nos hormônios que são responsáveis por esse sentimento (endorfinas, dopamina, noradrenalina, feniletilamina) ela acaba se estendendo durante muito tempo.

A Paixão e a Ciência

Cientificamente a paixão é descrita como estado fisiológico, que apresenta sintomas físicos e psíquicos. E durante esse estado o cérebro apresenta uma atividade muito intensa onde a ação de alguns hormônios provoca sensações muito semelhantes as que são provocadas por algumas drogas, a cocaína, por exemplo. E assim como a droga, a paixão também pode virar um vício.

Uma pessoa quando está apaixonada perde  suas capacidades básicas de discernimento, racionalidade e julgamento crítico para enxergar seu parceiro exatamente como ele é, pelo menos nos primeiros meses. Após alguns estudos, a médica Cibele Fabichak , chegou a essa conclusão. Ela ainda garante que a paixão não dura mais do que quatro anos.

Fases da Paixão

Quando em uma esquina qualquer da vida duas pessoas se encontram, uma vai se aproximando da outra, de início bem lentamente, mas continuamente. Aquela pessoa que parecia ser impossível de repente está ali. Parecia intocável e agora não é mais.  E desse momento em diante, a realidade se vê transformada em sonho, porque o sonho se transformou em realidade.

E os dois começam falando de suas vidas, seu sentimentos, seus desejos e anseios. E isso dura por um bom tempo. Para quem está vendo de fora pode até pensar que entre os dois está acontecendo um amor calmo, morno. Mas não é bem assim. Na verdade, ali está acontecendo quase uma troca de identidade. É uma partilha de experiências enquanto um se descobre para o outro.

Apesar desse tempo em que os dois apaixonados se descrevem um para o outro, o que menos importa na verdade é o que eles descobrem de um e do outro. Porque a paixão não cederá lugar a nenhum tipo de discernimento. Por isso, é que aquilo que ambos são ou fizeram não faz a menor diferença.

Nessa fase inicial, a paixão só deixa descoberto aquilo que se quer ver. E o ser amado é incomparável, único, não possui nenhum defeito ou algo que não o faça merecedor do imenso amor que lhe está sendo dedicado. Isso tudo porque o apaixonado concentra nele todos os amores que lhe são importantes (amante, pai, mãe, amigo) e, naquele momento é tudo o que ele precisa ter.

Depois vem a fase da transfiguração da realidade. Nessa fase a pessoa apaixonada mergulha em inseguranças, incertezas, medos sem limites. É nessa fase que a pessoa apaixonada vê coisas que não existem, briga por coisas que só são reais na sua imaginação, mas por outro lado em algumas vezes se nega a acreditar em situações que estão acontecendo praticamente diante de seus olhos. Nessa fase o (a) apaixonado (a) que loucamente idealizou o parceiro, não aceita enxergar que ele (a) da forma como ele imaginou, não existe.

E aí vem aquele período de total deslumbramento. A cegueira atinge a ambos. A única coisa que realmente importa é aquela sensação do, eu estou vivendo no paraíso, o resto simplesmente não tem importância. O problema é que essa vaga no paraíso não é pra sempre. Tem um tempo limitado. Nessa fase parece que a vida pergunta que tipo de visto para entrar nesse paraíso a pessoa conseguiu. Sexo e lazer? Amor e sexo? A duração do visto, do tempo nesse paraíso, dependerá do tipo de visto que pegou. E o pior é que não existe possibilidade de renovar. Terminado o prazo acabou.

Pode parecer estranho essa comparação feita entre viagem e paixão, mas a paixão é uma viagem. Exatamente essa sensação que as pessoas apaixonadas sentem. E sofrem muito quando tudo acaba, a viagem chega ao fim e precisam arrumar as malas e voltar para a realidade.

A paixão nos permite saber que estamos vivendo uma espécie de delírio, e até que não podemos estar permanentemente nesse estado, mas nos prende a ele. De alguma forma, mesmo tendo todas as informações sobre o que está passando com a nossa cabeça, com o nosso cérebro, não encontramos forças para resistir. Para fazer parar e começar a contagem de tempo que levará ao fim.

Por melhor que seja viver o período da paixão, estar apaixonado, sabe-se muito bem que ela acaba com qualquer senso de responsabilidade, discernimento, etc. E o pior disso tudo é que muitas vezes a paixão também acaba com a autoestima. Se pararmos para pensar em todos os prós e contras, chegamos a seguinte conclusão: Aproveite-a ao máximo quando ela surgir (se for possível), tente manter a racionalidade e saiba que uma hora ela vai acabar.

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Categoria(s) do artigo:
Vida a dois

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