Os Perigos da Chantagem Emocional

Chantagem

Que atire a primeira pedra quem nunca se rendeu aos olhinhos brilhantes e quase chorosos de uma criança após dizer um não para ela, e acabou fazendo suas vontades. Ou quem nunca aceitou fazer uma coisa que os pais ou os irmãos pediram relembrando todo o laço sanguíneo e sentimental entre vocês, todos os favores que ele já lhe prestaram a você desde o tempo em que você usava fraldas, e toda a situação que eles vivem aumentando o drama em quinze vezes.

Confesse que você já abusou das emoções alheias na hora de pedir uma coisa que eles não pretendiam fazer. Isso tudo é muito comum, e perigoso. Perigoso? Sim, a chantagem emocional, nome dado a esse apelo que se faz ao lado emocional e sentimental da pessoa, pode ser muito perigosa.

Isso é um tipo de manipulação pode afetar a vítima em questão emocionalmente de forma séria, conseguir o que se quer fazendo nascer um sentimento de culpa na outra pessoa é a principal arma do chantagista. Essa chantagem mexe com a psique da outra pessoa, podendo fazê-la ter sérios problemas com autoestima e autoconfiança. Não entendeu? Vamos ver alguns exemplos para tentar deixar mais claro:

Exemplo Número 1:

Um amigo seu te pede para fazer um trabalho por ele, alegando ser muito complicado para ele, e quando você se recusa, ele coloca na mesa toda a amizade de vocês, os favores que ele já fez por você, joga na sua cara o “ótimo amigo” que ele foi durante aquele tempo e acaba com uma ameaça básica, mostrando que tudo aquilo pode ser jogado fora, caso você não ceda e faça o trabalho.

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Por medo de perder aquele laço, ou mesmo por culpa depois de ver todas as coisas que ele já fez por você (embora ele faça questão de não lembrar as coisas que você já fez por ele), você acaba se rendendo e fazendo o trabalho no lugar dele. Nesse caso, o chantagista é, obviamente, o seu amigo, e você é a vítima. Seu “amigo” usou de sentimentos negativos, o medo e a culpa, para lhe manipular e te fazer confeccionar um trabalho que era responsabilidade dele, mas que não queria fazer seja por qual for o motivo.

Exemplo Número Dois:

Sua mãe te pede para ajudar na casa, fazendo faxina ou algo do gênero, mas você já tinha marcado de sair com seus amigos ou namorado, e tenta explicar isso para ela. Porém, sua mãe não aceita isso de jeito nenhum, ou fingi que aceita, mas diz tudo que ela já fez por você desde ter te gerado e carregado por nove meses na barriga dela até o dia anterior, no qual ela fez seu jantar, e acaba dizendo coisas como: você deveria valorizar mais a mãe que tem, quando eu morrer você vai sentir minha falta, dizer o famoso clichê “ninguém me ama, ninguém me quer”, ou jogar mais uma vez na sua cara que você prefere a companhia dos seus amigos ou namorado, que você é muito ingrato e etc. Olha eles novamente aí, a culpa e o medo acabam te convencendo a desistir do seu compromisso e ficar em casa ajudando sua mãe (apesar de ser um exemplo fictício, tenho certeza de que muitas pessoas se identificaram bastante com a chantagem materna).

Exemplo Número Três:

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Seus amigos e você costumam ir ao cinema, é normal terem gostos diferentes e terem que entrar em debate sobre qual filme vão ver. Porém, sempre tem aquela amiga que acaba escolhendo o filme, pois se não for o que ela quer, começa um drama maior do que de filmes. Vem novamente o clichê “ninguém me ama, ninguém me quer” na tentativa de comoção alheia, aquelas, já normais, coisas do passado jogadas na cara e, por fim, vem a ameaça: se não for esse filme, eu vou pra casa. O sensato a se fazer nessa situação é mostrar que aquela ceninha não obtém resultados e ficarem com outro filme, mas bate aquela pena da menina, e a culpa por fazê-la desistir de um programa legal com os amigos acabam decidindo o filme do dia, o que ela escolheu.

Esses são apenas três exemplos desse tipo de situação que acontece com todo mundo, e todo mundo já fez pelo menos uma vez na vida. O problema é quando o chantagista percebe que daquele jeito ele pode conseguir o que quiser e sempre será do jeito dele, o que o torna quase um ditador.

Eu Faço Chantagem Emocional?

Essa é uma dúvida que provavelmente está na sua cabeça agora. Os chantagistas emocionais são pessoas egoístas e avarentas, que não se importam muito com os sentimentos alheios e estão mais preocupados com seu próprio bem-estar. Se você se aproveita das situações para sempre se passar por vítima e induzir os outros fazerem tudo o que você quer, sem se importar de usar os pontos fracos dos outros contra eles, ou se eles vão se sentir mal ou culpados, é uma forte evidência de que você é um chantagista emocional.

Cuidado

Uma pessoa que vive sob influência da chantagem emocional pode ter sérios problemas psicológicos, de autoestima e autoconfiança. Esse tipo de pessoa acaba por sentir-se culpado por tudo, ter problemas acreditar em si mesmo e nas coisas que faz, e sempre precisará da aprovação de alguém, uma segurança de que o que está fazendo não está errado ou não irá prejudicar ninguém.

É comum as vítimas da chantagem terem medo de se expressar e imporem sua opinião, outra característica comum é estarem sempre se sentindo mal e envergonhados por fazerem o que fazem e até por sentirem o que sentem. Deve-se tratar os chantagistas de modo mais frio e dizer-lhes não quando for preciso.

Em caso de ameaças, é preciso deixar bem claro que, apesar de aquilo chateá-lo, não vai ceder e fazer as vontades do outro, e que não há como se negociar aquilo, é não e ponto final. Também é recomendado usar frases que mostrem que aquele tipo de apelo não vai funcionar como: lamento que seja assim, mas a resposta é não, ou é você que escolhe, se preferir assim, não posso fazer nada.

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Categoria(s) do artigo:
Curiosidades

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